quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

'E as simples ansiedades ditam sentenças friamente ao ouvido'

Só me oferecem o que não procuro, o que não preciso, o que não almejo.

Azar dos azares é ver um desejo satisfeito pela pessoa errada.

Não consigo conceber que haja alguma lógica universal a regular seja o que for.

Porque até as maiores coincidências não passam de conjugações de acasos.

E recordar o passado é bom mas lembrá-lo demais é doentio.

A simpatia e a sinceridade não dançam bem uma com a outra.

As emoções são camufláveis mas dificilmente se conseguem adulterar.

O relativismo de tudo o que existe é o melhor cobertor para este Inverno.

Planear o futuro soa bem mas vê-lo construir-se perante nós tem muito mais piada.

Ter sonhos que queremos sejam premonitórios é horrível.

E

conhecer alguém é saber em Agosto o que lhe vamos oferecer no Natal.



2 comentários:

M disse...

Queixa-se o pobre ao remendado, melhor, da deus nozes a quem não tem dentes. :P
Não, tens toda a razão Ruca, mas se a vida não fosse feita de dificuldades as vitórias não sabiam bem.
***

Leila* disse...

Só hoje, agora, ouvi esta música com atenção...

E confesso que o que li no post foi diferente daquilo que li no dia em que o escreveste...

biju**