segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Pó ano é que é!

-Diz que amanhã é um novo ano. Porreiro, pá!
-Diz que é altura de fazer um balanço do ano que acaba. Não me apetece!
-Diz que se deve estrear uma cueca azul (vermelha também???). Hum, deixa estar!
-Diz que se deve comer 12 passas e pedir 12 desejos. Para quê?
-Diz que se deve brindar com champanhe. Nã... prefiro vinho!
-Diz que se deve festejar a passagem do ano como deve ser. Vamos embora!




-Diz que em numerologia, o 8 é o número da construção e da destruição. Ou seja, 2008 vai ser um ano como os outros. Vamos ver coisas giras a criar-se à nossa volta e outras a definharem e a desaparecer.
-'É a vida, o que é que se há-de fazer? Viver!'

-A todos um Grande ano novo e um réveillon do catano!

-Até para o ano.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

la revoltosa y tan perdida

E porque o Natal já lá vai e porque este ano a noite de consoada foi sinónimo de bebedeira descomunal e o dia 25 de ressaca desumana e porque estupidamente nesta altura não estou de férias e também porque não tenho actualizado esta baiuca e também porque tenho de ir andando, aqui fica o post clichè de quem não tem nada para dizer no seu blog:

Uma musiquinha!



Mas não uma música qualquer, oubistes?
Manu Chao - 'Me Llaman Calle' do último 'La Radiolina', um dos melhores de 2007.

Vou ali já venho.

sábado, 22 de dezembro de 2007


Esperando que tenham sido umas meninas e uns meninos bem-comportados...


...tenham um Natal porreiro pá, porreiro!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

How does it feel?

Hoje foi dia de Bob Dylan 'a casa mia'.

Cada vez que o oiço, descubro coisas novas, sejam sentidos nas letras, sejam pormenores na música, sejam mesmo referências a pessoas, sítios, ocasiões que antes não tinha descortinado.

É um enorme poeta e sê-lo-ia sempre, mesmo se não tivesse sido contaminado por Woodie Guthrie e não tivesse escolhido a guitarra e a harmónica como veículo para as suas palavras.

Escolher uma canção para ilustrar tão vasta e completa obra será sempre redundante.

De qualquer maneira...

Esta canção foi considerada em 2004 pela revista Rolling Stone como a melhor canção de sempre, encabeçando uma lista de 500 canções históricas.

A canção faz parte do álbum de 1965 'Highway 61 Revisited' e mostra como tudo o que sobe acaba sempre por descer. Também desta letra saiu a frase-título do excelente documentário de Martin Scorsese sobre Dylan, 'No Direction Home'.

Senhoras e senhores,





'Bob Dylan - Like a Rolling Stone'

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

'E as simples ansiedades ditam sentenças friamente ao ouvido'

Só me oferecem o que não procuro, o que não preciso, o que não almejo.

Azar dos azares é ver um desejo satisfeito pela pessoa errada.

Não consigo conceber que haja alguma lógica universal a regular seja o que for.

Porque até as maiores coincidências não passam de conjugações de acasos.

E recordar o passado é bom mas lembrá-lo demais é doentio.

A simpatia e a sinceridade não dançam bem uma com a outra.

As emoções são camufláveis mas dificilmente se conseguem adulterar.

O relativismo de tudo o que existe é o melhor cobertor para este Inverno.

Planear o futuro soa bem mas vê-lo construir-se perante nós tem muito mais piada.

Ter sonhos que queremos sejam premonitórios é horrível.

E

conhecer alguém é saber em Agosto o que lhe vamos oferecer no Natal.



domingo, 16 de dezembro de 2007

Scotland Yard

Deve existir algo no ar que se respira em Glasgow.
Tem de haver qualquer coisa que explique a quantidade de boas bandas que têm saído daquela cidade escocesa nos últimos anos.

Desde os Belle & Sebastian ao The Cinematics, dos Snow Patrol aos Camera Obscura; a lista é grande e suficientemente abrangente para agradar ao menino e à menina, aos singelos ouvintes FM, aos mais apurados melómanos, até mesmo aos pseudo-intelectuais da música, aqueles que lhes faz comichão admitir que gostam de uma banda que mais de 8 pessoas conheçam.

E não, não me esqueci de mencionar os Franz Ferdinand, sem dúvida os meus preferidos.Mas não são eles o alvo do presente empreendimento. Mas é a partir deles que lá chegarei pois foi partilhando o palco com a banda de ‘Take Me Out’ no Lisboa Soundz em 2005 que estes nos visitaram pela última vez.

Falo dos Mogwai. Um dos expoentes máximos do denominado post-rock, criadores de ‘canções’ envolventes e atmosféricas, capazes de alternar entre momentos da mais doce melodia e abrasivos riffs de guitarra plenos de distorção, dando uma densidade às suas músicas que nos faz esquecer a importância das letras e dar atenção à música propriamente dita.

Apesar de uns furos abaixo dos anteriores CDs, (por exemplo ‘Rock Action’ de 2001, na minha humilde opinião o seu melhor álbum) os Mogwai lançaram em 2006 ‘Mr Beast’, onde se encontra esta pérola, para mim a melhor do álbum. E ainda mais com referência a essa cidade que quero visitar já!
Mogwai – Glasgow Mega-Snake

sábado, 15 de dezembro de 2007

Lá fora chamam-lhe 'update'

Grande Belém!



Se jogassem sempre metade do que jogaram ontem...


*


Hoje* como antigamente, nada temos que temer...


Belenenses para a frente, com a certeza de vencer! :)

*19h30 @ Restelo CFB - slb



quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Um pontapé na crise

Encontrei hoje esta catarse em forma de jogo, que consiste em dar um valente chuto no traseiro do ainda presidente da União Europeia e primeiro-ministro do nosso 'país', e ver até onde ele chega.

Depois de algum treino, onde tive inclusive de mudar de botas, consegui projectar o Ex-ministro do Ambiente uns belos 108 115 metros.

Isto equivale a dizer que, se esta manhã o tivesse apanhado a jeito ali pelos Jerónimos, tê-lo-ia mandado para uma de tão bonitas terriolas como Alcobaça, Torres Novas, Évora, Santiago do Cacém ou o mesmo um qualquer ilhéu no mar alto.

O que era uma chatice, porque depois ficavam esses engravatados todos dos 27 sem um anfitrião, e tinha de ser o Cavaco a fazer as honras da casa, e já se sabe que o Cavaco foi para o Palácio de Belém para ter paz e sossego mais a sua Maria, e não para a andar a dar palmadinhas nas costas de gajos cujo nome ele não sabe nem quer saber pronunciar.

Mas de qualquer maneira, vejam até onde conseguem mandá-lo.
Até Badajoz já não era mau.




Dica da semana: Quanto mais espetado estiver o cu do Zé, mais longa é a viagem. :)

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

whose sounds caress my ear

Se havia um sítio no mundo onde se devia estar ontem à noite, esse sítio era a O2 Arena de Londres.

Dezanove anos depois, os Led Zeppelin, uma das maiores, melhores e mais influentes bandas da história da música, reuniram-se para um concerto único, em todos os sentidos.

Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones, ¾ da mítica formação juntaram-se a Jason Bonham, filho do baterista original John Bonham, falecido em 1980, e durante duas horas e dezasseis temas, brindaram cerca de 20 000 ricos e sortudos fãs com uma actuação, ao que parece, a todos os títulos brilhante.

Como não estive lá, terei de me contentar com isto:




Kashmir

sábado, 8 de dezembro de 2007

Nunca mais é Janeiro

Maldita presidência portuguesa da União Europeia. Maldita Cimeira Europa-África. Tenho-lhes um pó que não posso.

Hoje apanhei com prolongados cortes de estrada, polícias sinaleiros imbecis, batedores mal-criados, radares inconstitucionais, até sinais vermelhos que afinal eram verdes, ou era o contrário? Não interessa; em suma, um aparato estapafúrdio por essa Lisboa fora, tanto na ida como na vinda para casa.

E tudo para que as potências europeias mais o Sócrates, o palhaço pobre deste circo, tentem engatar com falinhas mansas e propostas, imagino eu, indecentes, o Khadafi e outros senhores do petróleo africano a negociarem com eles o seu ouro negro, bitola da economia mundial. Tudo sobre a fachada da paz ou do desenvolvimento ou do ‘estreitar de relações’ entre os dois continentes. Bah. Baboseiras.


verruga sexy!

Para lá, como ia todo contente a caminho do Restelo para ver o Belém, até que tolerei qualquer coisinha, como um quase-abalroamento que me iam fazendo ali por Xabregas, para deixar passar (muito acima dos 50km/h permitidos pelo radar, seus sacanas!) um qualquer ilustre diplomata. E ainda por cima mandam vir, sem modos, sem nada. Se calhar porque o meu carro não levantou voo para eles poderem passar todos a 120 à hora. Porcos!

Mas para cá é que foi o Caos. Depois de sair fodido (desculpem, é mesmo este o termo) do Estádio, eis que todos os palermas da Cimeira resolvem voltar para os hotéis (parece que a escumalha está ali toda para Cascais) e para tal, parece que é preciso cortar o trânsito no sentido oposto. A nossa polícia sempre na vanguarda, sim senhor.

Foi assim logo nos Jardins de Belém, depois em absurda repetição em Alcântara, Santos, Cais do Sodré (aqui perfeitamente exasperante) e Terreiro do Paço. Porra!

Não há direito! Vem um gajo aborrecido com o funesto fado da sua equipa de futebol e ainda leva com esta porcaria toda em cima. E ainda dizem que o sábado é para descansar.

Depois uma pessoa refugia-se no álcool e dizem que a culpa é dos pais ou do marketing.

Não é! É do poder político a nível intercontinental. E do futebol, que desgraça famílias.

Adeus.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Só sei que nada sei.

Encontrei este teste algures num blogue, e como até há bocadinho pensava saber duas coisas sobre cinema, dispus-me prontamente a tentar um brilharete.

Bem, a chocante verdade é esta:




E vocês?

Epifania

A vida é outra, no meio do nevoeiro.




terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Genialidade

Dizem que a felicidade encontra-se nos pequenos pormenores.
Pois que seja. Para mim esse pormenor é redondo, tem 12 cm de diâmetro e um buraco no meio. Pode parecer outra coisa mas é mesmo o DVD com esta capa, que por estes dias me vai acompanhando e dando algum alento e alegria:


:)

É que isto para um fã de Nirvana, é uma autêntica ginja!

Além de ter o concerto todo, (os 66 minutos reais da actuação e não os 44 minutos editados pela MTV) onde se encontram alguns curiosos interlúdios em que a banda dialoga entre si e com o público, onde tocam as intros de várias canções suas (e não só) que ameaçavam entrar na setlist, tem ainda os ensaios, entrevistas, a versão MTV e uma bonita e cuidada apresentação gráfica.

E depois a questão do Dolby 5.1. Nunca fui um purista do som, para mim um bom álbum ou concerto serão sempre bons, estejam gravados num vinil com 40 anos, numa cassete com 20 anos ou no melhor dos suportes digitais.

Mas desta vez há que dizer que a qualidade superior do áudio em relação à versão CD de 1994 faz uma diferença louca. Ouve-se todo e cada instrumento, vocalizações incluídas, quase em suspensão no ar. Dá mesmo para fechar os olhos e viajar até aos Sony Music Studios de NYC, em 18 de Novembro de 1993.
E é isso que vou fazer agora. Só mais um bocadinho...

Abençoados 18,95€ que deixei voar da carteira.

E porque há coisas que só visto:


E já agora, porque me apetece chamar-vos nomes, aqui vai:


Cambada de génios é o que vocês são todos!
Só mesmo com um Q.I. a roçar o 200 é que se consegue alcançar a (falta de) profundidade dos pensamentos imbecis do (ir)responsável desta baiuca.

*



domingo, 2 de dezembro de 2007

Erasmus...


... vá para fora cá dentro.

A cidade-estado de Coimbra, tomada logo no século XIII por esse povo bárbaro que são os estudantes universitários, e desde então por eles governada com progressivamente menos vergonha na cara, é hoje em dia, e isto sou eu que digo, uma das cidades do mundo onde é mais difícil tirar um curso superior.

Isto porque ali, a Boémia (não a cerveja, mas também) tem uma força absolutamente incrível, um polvo com 100 braços, 1000 tentáculos, 10000 maneiras de lixar os planos a uma pessoa que chegue lá com a ideia de pacatamente obter a sua licenciatura.
Não dá. Acho que está provado que é impossível.

Desta vez, tive o privilégio de voltar a Coimbra e poder revê-la de um outro ponto de vista, seguindo os passos embriagados de uns amigos italianos que ali estão a desgraçar a sua vida no melhor dos sentidos possível, no âmbito do programa Erasmus.

E foi o mais perto que tive de Itália e dessa vida de “estudante” no estrangeiro, desde que de lá parti. Foi uma espécie de mini-Erasmus, sem sair do país. Com direito a comida italiana feita por quem sabe e tudo.

Desde as repúblicas às festas desta e da outra faculdade, das tascas à ‘associação’, à zona velha, à baixa, o rio, os copos, as pessoas, o espírito que se respira; tudo conflui no sentido de sentir uma passagem por Coimbra, nestas circunstâncias, como algo a repetir o mais rápido possível.

A todos os envolvidos, obrigado e até já.

P.S.: A foto do post precedente, era gira mas não é minha. Achei-a no Google. O autor que se acuse.