terça-feira, 31 de agosto de 2010

Vale mesmo a pena sacar o Google Chrome de propósito para conseguir ver esta maravilha. O vídeo interactivo de "We Used To Wait" prova que os Arcade Fire são muito mais que simples criadores de grande música, mas antes dos Artistas mais inovadores desta era.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Descentralizar por aí #2 - O regresso

Amanhã à tarde é hora de regressar a Cem Soldos para mais um Bons Sons.

Tem lugar de dois em dois anos e é um dos festivais mais interessantes do país, inteiramente dedicado à música portuguesa, muito bem organizado e encaixado numa aldeia pitoresca às portas de Tomar, longe das confusões e desorganizações dos grandes festivais, ideal para ver uns bons concertos e curtir descontraidamente, sem filas para mijar nem para beber um copo.


No domingo à noite, o mestre Fausto encerrará o festival com uma das suas cada vez mais raras actuações, mas já não poderei assistir, pois 2ªfeira é dia de amargar e logo bem cedo.

Mas até lá há muito para ver.
Este ano, o cartaz promete concertos de ricos artistas e bandas como:
B Fachada, Diabo Na Cruz, Melech Mechaya, Dead Combo, Norberto Lobo, Terrakota entre outros.

Se não tiverem para ir à Morena ou a Carcavelos, é investir no Bons Sons, que não ficam mal.
Bom fim-de-semana.

Queens Deluxe


O clássico dos Queens Of The Stone Age, "Rated R" (2000), acaba de ser re-editado com um 2º disco de bónus, com b-sides, covers, live versions, etc. É dos melhores discos de dos últimos 15 anos e recupera a banda no seu auge, ainda com Nick Olivieri na banda, bem melhores que nos últimos discos.

Puro rock!




"Avon", uma super-malha.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Festa na Aldeia

Entre minis e bifanas, entre farturas e rifas, entre meretrizes de Vera Cruz e reformados com vontade de gastar numa noite a pensão e um frasco de Viagra, entre bêbados a rimar com alho e truta a cada frase e saloios vestidos como se estivessem na gala dos Óscares, entre Ronaldos com 4 dentes e Gagas com 14 anos, a atracção musical da noite era um anão que tocava órgão. Mas com dificuldade, uma vez que o dito lhe dava pelo peito.


Peixinho, como ficou baptizado, era hábil artista de variedades, dono de voz monocórdica impecável e bota castanha catrapila, que tinha em Bitoque a sua maior fã.


Bitoque era a maior fã mesmo, pois o que está em questão aqui é um portento de carne, mulher para cima dos 150kg, de vestes justas como está claro, pois para canhões deste calibre não se faz roupa que fique larga.

O amor por Peixinho fazia com que fosse a única a bailar de forma exuberante bem na frente do palco ao som das horrendas versões dos Xutos e do quem será o pai da criança, enquanto o resto da populaça se deixava ficar sentada nas cadeiras, alguns julgando estar a assistir a uma peça de teatro pobremente encenada, e outros sem arredar pé da zona dos comes - brasileiras incluídas - e bebes, ignoravam por completo a prestação mui digna daquele pequeno grande artista.



Mas importa fazer uma ressalva. Seria injusto afirmar que Bitoque era a única a dançar.

Pálinho, rapazola de risco ao lado e calças até ao pescoço, espécie de anfitrião oficioso da festa que fazia questão de cumprimentar cada pessoa presente no recinto, desde cedo que se abeirou do palco para abanar o corpo ao som de Peixinho, variando entre os saltinhos irregulares à putos do Sudoeste e o mais clássico headbang à metaleiro, que colocou em prática de modo irrepreensível na versão que Peixe nos ofereceu da “Dunas” dos GNR.



A actuação de Peixe terminou sem que o público pedisse "só mais uma", o que deixou revoltada Bitoque, que com algum sacrifício subiu ao palco e ajudou o seu homem a desmontar o cenário, que consistia no tal órgão e em dois ou três cabos, para nunca mais ser vista na festa. E se não mais se vislumbrou a silhueta mastodôntica de Bitoque, escusado será dizer que Peixinho também nunca mais deu à costa, ainda que pudesse ter ido para trás do balcão das rifas, tornando-se virtualmente invisível.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O melhor de cada geração

Muito boa esta colaboração entre Sérgio Godinho, o maior cantautor português de sempre, e B Fachada, o melhor desta nova geração.
Para além das canções, vale pelo debate entre dois intérpretes de épocas diferentes, duas formas de encarar a música, que é o que se celebra aqui.

Bom fim-de-semana.










quarta-feira, 11 de agosto de 2010

"His Dudeness, or Duder, or El Duderino if you're not into the whole brevity thing"

"The Big Lebowski", esse clássico dos irmãos Coen, com Jeff Bridges, John Goodman, Steve Buscemi, John Turturro ou Julianne Moore, possui talvez o argumento com os diálogos mais refinados de sempre. Uma pérola.
Falaremos disso num próprio episódio.

Por ora, ficamos com uma série de artwork inspirada nesse filmezão.










Entretanto, saiu, o que já se convencionou chamar, uma "xxx parody" do filme.
Fã que é fã vai ter de dar uma olhada neste porno.
Capa aqui e trailer acolá. trailer.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Hurley


Já tinha falado antes da estima que tenho pelos Weezer, e agora tenho mais uma razão.
O novo disco da banda sai a 14 de Setembro e vai chamar-se "Hurley", em homenagem a essa mítica personagem do LOST, interpretada por Jorge Garcia.

A própria capa do álbum terá uma foto dele é a que se pode ver acima.

Ai que saudades do LOST.
o single de avanço é este "Memories":

Os Simpsons e a EMEL

Não têm nada a ver, ou será que têm?
Anyhow, enter the Simpsons.


Parece que só eu é que ainda não tinha visto isto.
Trata-se do mítico genérico dos Simpsons recriado com pessoas.

Verdadeiras.

Não é nenhum espectáculo, mas está giro.







E por falar em giro: não era giro que um de vós tivesse um amigo na EMEL que me safasse de uma multa pesadinha?
Tenho uma óptima desculpa, nada esfarrapada:

Não tinha moedas.

sábado, 7 de agosto de 2010

Não quero com isto insinuar

que há alguém cujo esfíncter está a dar as últimas, mas hoje no hipermercado vi um casal gay, daqueles do Chiado que não enganam ninguém, a adquirir um saco de fraldas para adulto, que pelo desenho eram o modelo ideal para andar de bicicleta.
Por causa disso, fiquemos com Anal Cunt, grindcore malcriado de Boston:


"Limp Bizkit Think They're Black, But They're Just Gay"
(2007)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Play It Again, Sam






Este filme de 1972 é uma das pérolas da carreira de Woody Allen.

O argumento foi inicialmente escrito por Allen para teatro, tendo a peça com o mesmo nome estreado em Fevereiro de 1969. Foi no casting para esta peça que Woody conheceu Diane Keaton, com quem viveu alguns anos e com quem trabalhou durante mais de 2 décadas, num total de oito filmes, incluindo os incontornáveis "Annie Hall" (1977) e "Manhattan" (1979).

Os actores que trabalharam nas quase 500 performances da peça foram os mesmos que contracenaram na adaptação ao cinema, tendo Allen porém escolhido entregar a cadeira de realizador a Herbert Ross [realizador do mítico "Footloose" (1984)], algo quase inédito.

A história vive à volta de Allan Felix, o típico neurótico que Allen veio a replicar numa série de filmes, que tenta esquecer a mulher que o deixou começando a sair com gajas, em arranjinhos feitos pelo casal amigo Linda e Dick (Diane Keaton e Tony Roberts), ao mesmo tempo que imagina diálogos com Humphrey Bogart [o título do filme é uma misquote de Casablanca (1942)], que lhe dá conselhos sobre como abordar as mulheres.

É um filme bastante divertido, um argumento maravilhoso, com algumas cenas e tiradas nada menos que geniais, um deleite para quem gosta de Woody Allen, não tanto como actor ou realizador, mas como argumentista. Para mim, um dos melhores de sempre nesta categoria.
An absolute must-see.

torrent aqui.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Uma festa maçónica


Uma festa maçónica é igual às outras, só que com a linguagem codificada tem outra pinta.
Misticismos e teorias da conspiração à parte, os maçons são uns cómicos.
Senão vejamos.

- Os maçons encontram-se para beber um copo. Eis o que se passa:

Pegam num canhão, carregam-no de pólvora forte branca, pólvora forte vermelha ou pólvora explosiva, alinham e fazem fogo.

- Depois, querem acompanhar com uma bucha:

Trazem os materiais, metem-nos na telha, agarram na trolha ou no tridente e de seguida procedem à demolição dos materiais.

- Por fim, para relaxarem:

Optam por uma pólvora do Líbano ou então fazem fogo com uma pólvora fulminante.


Fonte: http://www.scribd.com/doc/34429253/Investigacao-sobre-a-Maconaria

página 5 para descodificar a mensagem, restante artigo para quem quiser saber um pouco mais sobre os maçons em Portugal.
Pequeno spoiler: O João Soares é maçon. Se aquele analfabeto filho do papá entra, qualquer um de nós pode entrar.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Take Me To The Movies #2


O mal de muitos filmes dentro do género thriller é que procuram compensar a fraca estrutura narrativa com um ritmo frenético e com sucessivos twists, que depois no fim acaba por ser só fogo de vista. But not with Roman Polansky, nesta adaptação do livro de Robert Harris sobre um escritor (Ewan MacGregor) que é contratado para escrever a biografia de um ex-primeiro ministro inglês (Pierce Brosnan) e se vê envolvido num imbróglio político a nível internacional, que vai pôr em risco a sua própria vida.
Este sabe como contar uma história e deixá-la ir-se revelando por si mesma, subtil na forma como vai desvendando os pormenores da trama, sem o recurso a subterfúgios ou efeitos visuais para manter o espectador ligado, utilizando com mestria o próprio clima e paisagens áridas da ilha onde se desenrola o filme em favor do adensar da história.
Um dos bons filmes que vi nos últimos tempos. Os actores também vão todos muito bem, nomeadamente os secundários, com destaque para Olivia Williams, um degrau acima dos restantes.








"Crazy Heart" (2009)

A história, na sua generalidade, não é nova. O homem perdido na vida, com problemas pessoais, que conhece uma moça também em busca de algo mais da vida, a redenção que parece surgir deste enlace, as coisas que dão para o torto e que no fim se endireitam ou não. Já se viu.
Mas raramente com interpretações deste calibre.
Jeff Bridges é um dos meus actores favoritos, o eterno "The Dude", e tem por trás uma carreira que fala por si. Venceu o Oscar com esta prestação e não me venham dizer que foi um prémio de carreira, porque este é o melhor papel dos 5 nomeados e a estatueta apenas serve para distinguir o efectivamente melhor. Maggie Gyllenhaal (nomeada para o Oscar de actriz secundária) também nos brinda com uma interpretação segura, à altura de Bridges.
Uma menção à presença do grande Robert Duvall, às belas canções interpretadas pelos actores ao longo do filme e a Scott Cooper, até agora apenas mais um actor anónimo em Hollywood, que se ocupou da produção, argumento e realização (estreia) deste "Crazy Heart", teste de fogo em que passa com distinção.









"Clash of the Titans" (2010)

A moda de fazer remakes, adaptações e sequelas a torto e a direito parece que se instalou em Hollywood. Deve ser falta de bons argumentos originais ou então a indústria caiu quase toda no poço do facilitismo que é refazer algo já feito, que convenhamos dá muito menos trabalho.
O problema é que é raríssimo conseguirem fazer uma versão moderna que suplante o original, e neste "Clash of the Titans" de 2010 isso é por demais evidente.
O original de 1981 com Laurence Olivier e Harry Hamlin, sem ser uma obra-prima, conseguiu com menos recursos e com uns efeitos especiais sofríveis (mesmo para a época) criar um filme bem mais conciso e uma história mais bem construída do que esta versão nova, com Liam Neeson e Sam Worthington.
Julgo que os produtores deste filme não almejavam que este fosse além do típico blockbuster de verão, para entreter durante 2 horas, com boas partes de acção de encher o olho. Porém, nem isso é. O filme está muito mal montado, os efeitos especiais fracos para o que se pratica hoje em dia e os bons actores que tem andam perdidos em personagens e diálogos mal construídos, para não falar em certos cenários que poderiam fazer parte do "Sítio do Piacapau Amarelo". Um filme para ver e esquecer.