sábado, 3 de novembro de 2007

Carne e Sistemas Operativos

A ingestão de álcool aliada à estupidez e à tendência inata para dizer barbaridades de grau elevado dá sempre a garantia de alguns momentos absurdamente bonitos, dignos dos melhores textos dos Monty Python ou do Herman da velha guarda.
Aliás, acho mesmo que os que escrevem humor devem ter como uma das principais fontes de inspiração a observação de um grupo de indivíduos ébrios e imbecis a dispararem pérolas refinadas do mais puro non-sense, em proporção directa com a quantidade de etanol que o fluxo sanguíneo lhes empurra para o cérebro. Isto quando não são os próprios autores a recorrer a substâncias psicotrópicas para catalisar a produção artística. Alguém tem dúvidas que o Herman dava na coca enquanto escrevia alguns dos sketches épicos dos tempos da RTP ou que essa nova geração de humoristas tugas fuma tudo o seu canhãozito da paz, antes, durante e depois da elaboração de um texto humorístico? (Ainda me vão processar por isto.) Mas ainda bem que o fazem.
Agora há aqueles casos em que comuns anónimos da sociedade se aventuram pelos terrenos inóspitos do humor alarve, culpa da bebida que abunda e do ambiente que ajuda. E um ponto de discórdia é o rastilho necessário para fazer despoletar um debate de proporções bíblicas, sem ética nem respeito nem consideração nem nada. Mas com muita, muita piada. E é aí que tocamos no céu e damos graças aos nossos pais por estarmos ali.
Quem explica o facto de se conseguir meter na mesma linha de raciocínio a discussão sobre ser ou não vegetariano (Um Contra Todos, só falta o Malato a apresentar) e o Windows mais o Linux? Manifesta senilidade na argumentação, porque ainda que um porco tenha ‘valor’, o que somos nós para o Bill Gates? Correcto: um porco! Porque o papel do porco é alimentar-nos. Assim como foi com muitos outros antes dele. Porque tu não comeste um mamute, mas alguém já comeu! E gostou! E a costeleta de hiena, Zé Efeitos? Pouco boa…
E como é fantástico e inesquecível ver ao vivo alguém dizer ‘Agarra-me nos meus óculos” utilizando apenas duas palavras. São os Luís de Matos da língua portuguesa, génios escondidos na sombra a quem ninguém dá o valor devido. Eu disse ‘valor’? Se calhar queria dizer que há um gajo no Algarve que sozinho contra 4 infelizes, dá um murro em cada um que desmaiam os 3. Mas o que acontece ao 4º, Capitão Pipos? Morre? Ou fica sem um olho?

3 comentários:

Leila* disse...

Um por todos e todos contra um :P

Está hilariante ;)

E quem vai ver os Sketches de Monty Python amanhã quem é???? Roi-te vá vá!!

Anónimo disse...

"Capitao Pipos" ahahahah gostei...

sao as melhores noites estas em que a lingua portuguesa nos atraiçoa, ou talvez a cabeça :)

mas quero ver as tuas "jardas" aqui escritas... senao faço um abaixo-assinado na Bobadela e criamos um blog so com "bardas" tuas ;)

Abraço

Anónimo disse...

Epá escreves msm bem! Vou pedir às produções ficticias para te integrarem no grupo! (ops...será que agora sou eu q estou "fora de mim"? Só comi castanhas com uns copitos de jerupiga...acho q diz tudo!)

Sabes q bebendo ou nao, o meu discurso nunca é muito coerente...dizem q é coisa de nojos...q é q achas?

Castanhas podres