domingo, 1 de fevereiro de 2009

Boys Do Cry

Desde que um gajo é miúdo que ouve dizer, 'não chores pá, não sejas mariquinhas.', 'quem chora são as meninas.', 'deixa de ser bebé.', 'os homens não choram' e outras que tais.

A verdade é que essa virilização imposta ao petizes levou à criação de uma convenção social que "impede" o homem de chorar, muito menos em público.
Criou-se a ideia de que 'homem que é homem não chora' e raramente vemos um suposto macho na tv ou no cinema a verter lágrimas copiosamente, mesmo que lhe tenham morto a família toda. Nada. O homem quer-se insensível e racional, o pranto fica para elas.

Porém, se pensarmos no domínio do desporto, veremos que esse cliché já caiu há muito. Basta lembrar o Eusébio em 66 a chorar como um bebé depois de sermos eliminados pela Inglaterra. Ou o Rui Costa a chorar no meio do jogo quando marcou um golo ao seu slb pela Fiorentina.

Os exemplos são incontáveis.
Mas assim de repente não me lembro de nada tão comovente como o que vi hoje.



Roger Federer, para muitos o maior tenista da História, arrebatado pela emoção, sem ser capaz de articular umas palavras, perante 16 mil pessoas, após ter perdido a final do Open da Austrália com o arqui-rival Rafael Nadal.

Simplesmente desarmante.
Lágrimas nos olhos, chorar não é vergonha.
Grande.

2 comentários:

Alter Ego disse...

Valeu a pena acordar às 8h30 pa ver, e depois este fim...Silence, master at work, Pai Roger, Pai Rafa...Depois do Mantorras ontem me ter puxado pela lágrima, hoje isto, Desporto é AMOR!

MissKitsch disse...

Também tu, brutus?!