Chega tarde e a más horas o rescaldo do festival de música com o melhor cartaz deste ano.
Vamos por partes, então.
Para mim, o primeiro dia do Optimus Alive foi mais ou menos isto:
8 Julho
Dia #1
Uns bons 45 minutos para trocar o bilhete pela pulseira.
Entro e vou direito ao Palco Super Bock onde os Local Natives, banda com certo hype na cena indie, acabavam a sua prestação. Ouvi uma canção, nem sei o que dizer.
A seguir, os The Drums apareceram com o seu rock dançável que apesar do jeito gingão do vocalista com toques de Mick Jagger, não me agradou muito, demasiado iguais a si mesmos, não me deixam saudades. Mas houve quem gostasse, pois já estão confirmados para o Lux ainda este ano.
A seguir, uma bela surpresa. Um dos expoentes da cena alt folk e já com várias visitas a Portugal, Devendra Banhart surgiu com um visual muito mais clean e menos freak, muito descontraído mas com uma actuação de encher o olho. Nunca o tinha visto e gostei muito. A banda dele é boa e as músicas também. Fiquei fã e quero voltar a ver.
Depois, o primeiro grande momento da noite. Sempre no Palco Super Bock, um furacão chamado Florence & The Machine. Um verdadeiro espectáculo. "Lungs" já era um dos meus álbuns favoritos dos últimos tempos mas ao vivo é uma coisa espantosa. Florence esteve imparável em palco, sempre em grande sintonia com o público, deu um grandíssimo concerto, um verdadeiro monstro de palco. Tem uma voz portentosa que sofreu um pouco com a agitação da performance mas no fim a sensação é só uma: a de termos acabado de ver um concerto maravilhoso.
Após esta dose, era tempo de retemperar energias para o resto da noite. Com isto, o concerto dos XX foi visto fora da tenda, que estava a abarrotar. Entre conversas e copos, pouco vi do concerto mas acho que o som deles só teve a perder com a falta de acústica de uma pequena tenda ao ar livre. Ainda assim, o público estava ao rubro.
A seguir, optei por me abeirar do palco principal para conseguir uma boa posição para o concerto dos cabeças de cartaz deste primeiro dia, os Faith No More.
Ouvi o final do concerto dos Kasabian com uma canção do primeiro álbum, o único que conheço, que ainda deu para cantarolar.
Para terminar a noite, os Faith No More não perdoaram e fizeram o que lhes competia enquanto headliners. Um concerto de encher o olho. A banda é fortíssima e a voz do Mike Patton é um verdadeiro instrumento, um dos melhores vocalistas que já vi. Um espanto. Ainda dedicou "Caralho Voador" ao Cristiano Ronaldo sénior e falou sempre em português com sotaque do Brasil, o que facilitou a comunicação com o público. Resumindo, foi um concerto irrepreensível de uma grande banda em palco.
Top 3 do dia#1:
Faith No More
Florence & The Machine
Devendra Banhart
Fotos do musica.iol.pt.
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