Eccolo

Pronto, já está. Finalmente!
Ontem à noite vi o filme de que todos falam, aquele sobre o qual já tinha ouvido tantas opiniões que quase tinha, por um lado, vergonha de não ter visto ainda, por outro, receio de ver as expectativas defraudadas.
Falo de "Juno", o filme 'indie' do ano passado, galardoado com o Oscar de melhor argumento original.
Gostei! Gostei, gostei mesmo! Ellen Page, fantástica!
Mas se o filme é bom, a banda sonora é melhor!
Excelente a escolha tanto dos artistas e canções como o bom gosto no momento em que escolhem entrelaçá-las com a trama do filme.
Com Belle & Sebastian, Cat Power ou Sonic Youth à cabeça, é nas canções puras e simples da Kimya Dawson e da sua banda The Moldy Peaches ("Anyone Else But You", que sooooom!) que o filme ganha uma nova dimensão. Muito bom!

Quanto ao filme, acho que o 'director' Jason Reitman parece não querer seguir as pisadas do pai Ivan e decidiu fazer cinema em vez de filmes. O povo agradece.
O cast é todo muito capaz. Além da magnífica Ellen, todas as personagens estão bem interpretadas, nomeadamente a madrasta.

E quando lhe arrebentam as águas e a Juno grita para o pai, "Thundercats are gooooooooo!", para a levar para o hospital? Ahahah tão bom!

Quem não viu, mexa-se. Quem viu, veja de novo ou oiça a soundtrack 36 vezes.

Freud explica?

Estranha partida a que o meu cérebro me pregou esta noite/manhã.
Dá-se que estava já a queimar os últimos cartuchos de sono, já tinha aberto o olho para ver o despertador, (7h39, até me lembro) e estava naquele limbo em que já não estamos ferrados no sono mas perante a iminência de ter de acordar, a cama é ainda o melhor local do mundo, onde facilmente vamos e a custo voltamos do mundo de Hipnos, no meu caso à razão de 5 em 5 minutos, o tempo de 'repeat' do despertador.

Portanto, no meio disto tudo, deu-se-me uma coisa paranormal. Tive um sonho que durante largos segundos foi real!

O sonho/pesadelo envolvia a sempre complicada altura em que uma mãe aparece sem avisar e dá o 'flagra na gente', como diz o irmão tropical. Sempre lixado...
Eu, perante a desgraça que estava prestes a suceder-me, começo a lutar para fugir do sonho e acabar com aquela infâmia. Mas não conseguia.
Às tantas, dou por mim a ver-me quase atolado até ao pescoço dentro do sonho e ao mesmo tempo fora dele, meio consciente, a pensar, "Carai, mas esta porra é sonho ou está a acontecer? É que não estou a entender! Estou f*dido, quero bazar JÁ!".
Isto durou bem uns 20 segundos, com o sonho a tomar proporções Hitchcockianas, com o suspense e o medo a crescerem à medida que o 'choque' se tornava cada vez mais iminente.
Abençoado subconsciente que matou-me o sonho na hora H, como é seu apanágio.
Nunca a frase feita, 'Ufa! Afinal foi só um sonho!' teve (tanto) sentido...

Vá, agora tudo a cantarolar esta coisa igualmente parva e absurda, que eu vou ali a uma sala de espera de consultório apanhar uma seca desumana e já volto:

Ui ca buom!

Opá!
Não dá!
Um indivíduo vai passar 3 dias longe da civilização e quando chega leva com esta cacetada na nuca:

BOB DYLAN no Alive 2008!

Pergunta de algibeira? #3

Os cerca de 25 filmes que já se fizeram com a personagem James Bond, sempre assentaram em (pelo menos) 3 pilares que são recorrentes em todos eles e que fazem parte da imagética e universo criado por Ian Fleming.

A saber, o charme do herói, as cenas de acção frenéticas e as 'bonds girls', aquelas raparigas jeitosas com poucos diálogos para decorar e que normalmente acabam seduzidas pelo James e que aparecem sempre em bikini, mesmo que estejam na Sibéria.

Até aqui tudo bem. Umas 'girls' sempre dão um toquezinho de sensualidade aos filmes e o pessoal gosta de ver. Quem não se lembra do bikini laranja da Halle Berry no '007 - Die Another Day'? Eu lembro!

O problema é quando o que parece não é!

Em 1981 saiu o 12º filme do 007, "Missão Ultra-Secreta", espectacular tradução do original "For Your Eyes Only", com Roger Moore na pele do agente secreto inglês, que por aquela altura, em plena Guerra Fria, andava sempre à porrada com os russos/soviéticos/comunas.

E não é que no meio das 'bond girls' estava um 'boy'?

Verdade, verdadinha. Uma destas meninas nasceu macho, e depois de muitas mutações hormonais e cirúrgicas, enganou tanta gente que até conseguiu um lugar no 'cast' deste filme.
O pior foi quando um tablóide inglês descobriu e revelou ao mundo a cruel verdade, acabando assim com a carreira de modelo do miúdo. Mas parece que para aí à 3ª vez conseguiu casar com um canadiano, que quando se chateia com ela chama-lhe Barry, o nome que os pais lhe deram, só para a lixar.

Qual delas é ele e qual o nome feminino que adoptou quando decidiu cortar o abono?
Uma coisa porreira para pensarem durante a Páscoa, entre uma amêndoa e um cálice de porto.
Boa Páscoa, com ou sem férias.

Assombro

Há canções que vão e voltam.
Canções que não ouvimos há muito tempo, mas que numa manhã de sol damos por nós a trauteá-las e pensamos, "Fogo, gosto tanto disto e já não ouço há tanto tempo. Que tonho!"

Hoje aconteceu-me com esta senhora e esta canção:

Regina Spektor - On the Radio
Em ano de vacas gordas, uma passagem por Portugal
não ficava nada mal, a não ser na conta bancária.

E é assim que isto funciona, meninos e meninas:

This is how it works
You're young until you're not
You love until you don't
You try until you can't
You laugh until you cry
You cry until you laugh
And everyone must breathe
Until their dying breath

Ciao:)

e-financas

O tão propalado choque tecnológico prometido pelo 'engenheiro' no início do mandato ainda está para acontecer. Assim como a modernização das instituições do governo, que teimam em alimentar esse lugar-comum instituído:
"Repartições do Estado? Isso é uma cambada de labregos com a 4ªclasse, agarrados ao tacho, que quando menos fizerem mais contentes ficam, e ser simpático para o cidadão é sinal de fraqueza que não convém mostrar perante os outros ignorantes, calões e mal-criados com quem dividem a sala, oh carago!"

Pois, o poeta que afirmou tal obviamente sabia do que falava.
Labregos talvez seja muito forte mas ignorantes certamente, porque não sabem responder a um e-mail com uma pergunta bastante simplória. Se fosse um telegrama com um carimbo de Junho de 1968, respondiam logo, mas correio electrónico ainda não está ao alcance de qualquer empregada chamada Maria Felismina que só em 1998 aprendeu a trabalhar com uma máquina de escrever.


Calões também, porque deixam uma pessoa pendurada ao telefone 40-minutos-40, até se conseguir falar com alguém que, de facto, possa responder a um indivíduo e que não venha com o 'espere que lhe vou passar a chamada' ou ainda pior 'queira aguardar mais um pouco, por favor', isto depois de ouvir a 5ª Sinfonia do Beethoven em loop, até sangrar dos ouvidos, não se faz! "Olhe obrigadinho dona, esperar é a minha profissão, cada vez que tenho de me dirigir até vós!"

Engraçado como pouco depois de ser atendido, recebo a resposta ao e-mail, a dizer a mesma coisa que no telefone, é certo, mas ali tratam-me por excelentíssimo senhor e outra coisas giras.
Até senti a electricidade do choque tecnológico a subir-me pelo corpo acima.

Mais mama menos mama

A Sílvia Alberto pôs silicone.

"Finalmente!", alguém grita ali do fundo.

Um peixe

Tão bom, tão bom, tão bom!

Efeméride #2

Há 8 anos foi assim.
No dia 4 de Março de 2000, os Bush visitavam Lisboa, no fim da digressão europeia do seu terceiro álbum, "The Science Of Things".
Foi um Coliseu dos Recreios repleto que os recebeu em apoteose, no que foi um dos melhores concertos a que já assisti.
A comunhão entre o público e a banda era perfeita e a entrega desta foi insuperável do início ao fim. Um Gavin Rossdale endiabrado, verdadeiro animal de palco, que correu as galerias do Coliseu com as luzes apagadas, para depois se fazer ver nos mais inesperados locais, a tocar guitarra nas bancadas, camarotes, até no meio da plateia.
Um espectáculo que acabou com a banda a incitar a plateia a invadir o palco, ao qual anuíram umas largas dezenas. Posso afirmar que já pisei o palco do Coliseu, partilhando-o inclusive com uma das grandes bandas rock dos anos 90. :)
Grande 4 de Março este!

Bush - Machinehead (1996)

Tarzan Taborda

A partir de agora, vou andar a largar a ocasional necedade também por aqui.
Fui convidado para um combate feroz, que oporá dois respeitosos cavalheiros a duas distintas senhoras, nessa peleja interminável entre o macho e a fêmea.

Esperem o pior. Eu espero.

Mail da semana

Todos sabemos que as caixas de mail recebem carradas de porcaria todos os dias. A maioria, felizmente, vai directa à caixa de 'spam'.

Mas é sempre porreiro dar uma olhadela no 'lixo', pois às vezes caem lá mails fidedignos por engano, além de ser uma boa fonte de risota, naqueles dias em que os mails a sério só chateiam.

Mas agora chega!
Mandarem bodegas a querer vender Rolex ou Viagra é uma coisa. Mas fazerem pouco dos sentimentos de um individuo é outra completamente diferente!

Então não é que o meu bom amigo indiano, Nyree Sidhu, mandou-me um mail, em que me dizia no assunto: "Make Scarlett moan in pleasure" ?!?!

Porra, esta não! De todos os nomes femininos que existem...
Logo a Scarlett, francamente!

Está claro que a carne é fraca e não resisti a abrir o mail.
Não encontrei nada do que esperançava, apenas o que esperava.
Queriam que desenvolvesse uma terceira perna ao nível das restantes, ficando assim uns centímetros mais perto da menina escarlate. Mas sem garantias que isso a fizesse gemer.
"Assim não há negócio", respondi com sotaque à Panjabi MC.

Boa semana!

Prometo que não falo mais da Scarlett. Este mês, vá.