segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Biutiful


Não sei se será a obra-prima de Iñarritu, como está a ser vendida por algumas críticas. Continuo a preferir "Amores Perros" acima de qualquer outro, mas "Biutiful" tem a particularidade de ser um filme com uma narrativa menos fragmentada que o habitual, em que a trama principal é entrelaçada por histórias paralelas mas sem deixar de ser predominante em nenhum momento, o que dá espaço para emergir a personagem mais forte que já se viu num filme do realizador mexicano. 
Javier Bardem é actualmente um dos maiores actores da sua geração e tem uma interpretação magnifica, na pele de um homem em fase terminal que tem muito mais com que se preocupar do que a dor que o cancro lhe provoca. Bardem tem uma cara de film noir, capaz de fazer dela a perfeita parceira das suas capacidades de representação, na descrição silenciosa dos sentimentos das suas personagens. O argumento não é esplêndido mas está bem urdido e os secundários (o irmão e a ex-mulher) estão à altura. A realização de Inãrritu continua bastante apreciável, com os seus close-ups e os planos vívidos de câmara na mão. 
O Oscar de Melhor Filme Estrangeiro fica-lhe bem.

Porreiro, pá!


Rui Unas does it again.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Agora vão ter de passar no Top +

 click for trailer with Mr. Eddie Vedder
 
 
 
 
 
Pearl Jam entram para o primeiro lugar do top

O novo álbum ao vivo dos Pearl Jam, «Live on Ten Legs», entrou directamente para o primeiro lugar do top de vendas em Portugal.
O disco desalojou Tony Carreira e «O Mesmo de Sempre» da liderança. No terceiro lugar, está agora o álbum homónimo de estreia da cantora portuguesa Aurea.
«Live on Ten Legs» abre as comemorações do 20º aniversário dos Pearl Jam. Na discografia de palco, sucede a «Live on Two Legs», de 1998. 

Uma colectânea de músicas ao vivo para alguém que ouviu uma boa parte das official bootlegs desde 2000, não é um acontecimento, tanto que nem a comprei ainda. Mas ainda assim, é bonito ver uma banda a sério no nº1 de vendas, ainda mais esta. Trata-se, minha gente, como disse um iluminado num comentário a um vídeo de PJ no YouTube, de: 
"the greatest band of all time dont give a fuck what anyone says" 

 WORD UP!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"I'll be back", he threatened.

Agora que o Arnaldo já não é governador da Califórnia, pode voltar ao cinema, e o Total Film sempre atento, já elaborou uma lista com 20 filmes dele que precisam claramente de uma sequela, e com propostas bastante engraçadas para essa continuação da história original. Não vejo necessidade em alguns, mas sem dúvida que o mundo ficaria melhor com um novo "Gémeos", "Conan, o Destruidor" ou "Comando".

O Arnie está com 63 anos, ainda vai a tempo do Oscar, quiçá se fizer a sequela do "Hercules em Nova Iorque", desta vez com a voz dele. Ah, e para quando aquela comédia com o Stallone em Bollywood?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Hoje é que é o dia para ouvir este som


New Order - "Blue Monday" (1983)

Tirando nas férias, eu acho que todas as segundas-feiras têm o seu quê de triste. 
Mas hoje, 24 de Janeiro, segundo as elaboradas equações matemáticas de um cientista (louco) de Cardiff, é a mais triste de todas, a verdadeira "Blue Monday", o dia mais depressivo do ano. 
É. Está aqui.

O Lendário Homem Tigre e os seus Amigos

Foi uma pena não o ter visto no último Alive, mas tocar à mesma hora que Pearl Jam tornou-o virtualmente invisível para mim. Mas desta vez não havia desculpa. O autor do meu disco favorito de 2009 tocava na melhor sala de espectáculos de Lisboa, com uma bela lista de convidados e com a promessa de revisitar dez anos de carreira, e à última da hora decidi comparecer.
E em boa hora, pois Paulo Furtado aka The Legendary Tiger Man deu um grande espectáculo para um Coliseu cheio, muitíssimo bem apoiado pelos convidados que foram partilhando com ele o palco, desde as feminas Lisa Kekaula, Rita Redshoes, Claudia Efe ou Asia Argento (esta só em vídeo), aos Dead Combo, os bluesmen Mick Collins e Jim Diamond, DJ Nell Assassin & DJ Ride, e no fim a sua banda, os Wray Gunn. 
O Belanciano do Público diz muita trampa, mas desta vez vou acreditar nele, que afirma que este foi o melhor concerto que ele já viu desde que saiu "Femina". Só pode. E eu que tinha dito que Band of Horses seria o primeiro grande show de 2011, também tenho de me retractar e dar esse prémio de caras ao grande espectáculo de sábado à noite. Deixo aqui umas fotozitas só para ilustrar a situação. Viva o Homem Tigre. Lendário.


 
 







sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Esta nem o Google sabe #2

Trata-se de um clássico, é tradição, faz parte. 
Mas como muita da tradição, também desta se desconhece a sua origem. 
Mas alguém explica porque é que todos e cada um dos sem-abrigo, toxicodependentes, alcoólicos, ciganos romenos neste país vendem pensos rápidos? 
Porquê pensos rápidos? De onde vem esta predilecção pela venda de pensos rápidos? Porque não outra coisa qualquer? Porra, há perguntas que nunca terão resposta.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

SBSR este ano dá luta

Se o ano passado, a Música no Coração (SBSR) deu de barato à Everything Is New (Alive) o epíteto de ter o melhor festival do ano, este ano, a luta está bem renhida. 
Até agora temos no Meco: Portishead, The Strokes, Beirut contra Coldplay, Foo Fighters, Iggy Pop, em Algés. Um choque de titãs, onde a única opção inteligente me parece ser ir aos dois...
E ainda temos a organização do Paredes de Coura, o meu festival de eleição since 2003, a prometer que este ano vão ter "grandes nomes", e o Sudoeste que é sempre dado a boas surpresas.
A certeza é uma: vai ser um Verão 2011 repleto de grandes concertos. 
Entretanto, continuo ansiando pela confirmação de Arcade Fire, e pela "contratação" de craques como Blur, Manu Chao, Soundgarden, Pixies, QOTSA, Belle & Sebastian, Beach House, Weezer, Black Keys ou Death From Above 1979, só para falar daqueles que são possíveis e que não vieram cá nos últimos anos (ou nunca mesmo).


 Beirut - "Nantes" @ La Blogotheque (2007)

David Brent vs. Michael Scott

O episódio de "The Office" do próximo dia 27 vai ser engraçado.
O mítico David Brent (Ricky Gervais) da versão original inglesa, vai fazer uma aparição na versão americana e confrontar o grande Michael Scott (Steve Carrell), calculo eu, por lhe ter roubado tantas piadas nas primeiras temporadas. E por ser um pateta de coração mole, ao pé de Brent, um cretino com poucos escrúpulos.
Entre qual deles é o mais hilariante, eu escolho... Dwight Schrute, o melhor personagem de sempre do "The Office".

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

História de uma canção

Em meados dos anos 90, existiu em El Paso, Texas, uma banda chamada de The Fall on Deaf Ears. 
Nunca chegaram a gravar qualquer disco nem a serem famosos fora do circuito punk texano, mas da sua formação fazia parte Cedric Bixler-Zavala, o front-man que viria a fundar os At The Drive-In, e mais tarde os The Mars Volta. 
A 23 de Março de 1997, Sarah Rieser e Laura Beard, duas miúdas de 17 anos que faziam parte dessa banda com Cedric - banda que estava num hiato devido ao sucesso que os At The Drive-In estavam a conseguir na época - morreram num acidente de carro a caminho de Austin. 
Nesse mesmo dia, os At The Drive-In tinham um concerto marcado em New Orleans e Cedric soube da notícia por Jim Ward, integrante dos ATD-I (e mais tarde de Sparta), que nesta tour não estava com a banda, que lhe ligou antes de subirem ao palco.
Ainda tocaram algumas músicas, mas a cabeça da banda e principalmente de Cedric já estavam noutro sítio, e o concerto terminou antes do tempo, tendo a banda voltado imediatamente para El Paso. A tristeza e o luto de Cedric impeliram-no logo durante a viagem a escrever uma letra sobre a tragédia, que viria a desenvolver-se para se tornar numa das melhores canções que alguma vez ouvi, sem exagero aqui.
"Napoleon Solo", que viria a ser incluído no magnifico álbum "In/Casino/Out" (1998), é a homenagem derradeira a Laura e Sarah, objecto iluminado de melancolia e raiva, que aconchega e confirma a teoria de que a mais bela Arte é criada a partir do mais profundo sofrimento.

At The Drive-In - "Napoleon Solo" (1998)


cut and paste
were you sitting down
on the beaded impotence of new orleans
a hint of suspense when that telephone rings
this is forever

it paved a wave of distance
between the syntax error
from austin's yellow brick road
this is forever

from this texas breath exhaled
no sign of relief
cause this you know, this you know
this is forever

march 23rd hushed the wind, the music died
if you can't get the best of us now
it's cause this is forever

march 23rd hushed the wind, the music died
if you can't get the best of us now
it's cause this is forever

makes no difference
your alphabet is missing letters
seventeen, embalmed and caskets
lowered into the weather
a drizzle, brisk and profound

from this texas breath exhaled
their relief
this is forever

march 23rd hushed the wind, the music died
if you can't get the best of us now
it's cause this is forever

march 23rd hushed the wind, the music died
if you can't get the best of us now
it's cause this is forever

strum this broken harp
we were struck by the chords
set from their hearts
yes this is forever
this is forever

cut and paste
were you sitting down
on the beaded impotence of new orleans
a hint of suspense when that telephone rings
this is forever
this is forever
this is forever

makes no
makes no
makes no

seventeen, embalmed and caskets
lowered into the weather
a drizzle, brisk and profound
from this texas breath exhaled

strum this broken harp
we were struck by the chords
to your heart

this is forever
this is because
this is forever

this is forever
it is because
this is forever
but you can't get the best of us now

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Globos de Ouro: Ricky Gervais steals the show

O grande vencedor foi "The Social Network" Melhor Filme, Realizador, Argumento e Banda-Sonora; Colin Firth e Natalie Portman, Melhor Actor e Actriz de Drama metem um pezinho na porta para limpar o Oscar; prémio de carreira para De Niro e melhor filme estrangeiro para um filme dinamarquês "In a Better World"; na TV, prémios para o grande Steve Buscemi e "Broadwalk Empire", melhor actor e melhor série dramática, o insuportável "Glee" ganhou de novo em comédia/musical e o Sheldon de "The Big Bang Theory" ganha o melhor actor de comédia.


Mas o rei da noite foi o apresentador Ricky Gervais que ao longo da noite foi esticando a corda com as suas piadolas em que, entre muitas outras coisas, chamou bêbado ao Charlie Sheen, maricas ao Tom Cruise, drogado ao Robert Downey Jr., fez piadas sobre a (óbvia falta de) erecção de Hugh Hefner , apresentou Bruce Willis como o pai de Ashton Kutcher, e até chegou a mandar mais achas para a fogueira, afirmando alto e bom som que "The Tourist" e os seus actores principais só estavam nomeados porque o comité aceita subornos das produtoras. WIN!
Já se diz por aí que o Ricky para o ano não deve ser convidado, o que é uma pena.

Deixo aqui uns links com todos os nomeados e vencedores, os melhores e piores momentos da cerimónia, o resumo da mesma, e uma pergunta: o que tem de mal o cabelo da Scarlett? Só uma mulher invejosa é que é capaz de criticar seja o que for ali...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Amoeba e Band Of Horses


A Amoeba começou em 1990 como uma pequena loja de música independente em Berkeley, na Califórnia. Cresceu e abriu uma segunda loja em San Francisco em 1997, e em 2001 uma terceira em plena Sunset Boulevard de Los Angeles.
Mais focada em artistas e bandas underground, foi considerada recentemente pela revista Spin como a melhor loja de música dos EUA, e em menos de dez anos tornou-se num marco da cidade e de passagem obrigatória para qualquer melómamano. 
Erigida num antigo salão de bowling, ocupa uma área tão grande que é preciso um mapa para a percorrermos, com os seus cerca de 250 mil títulos disponíveis, e que devido ao seu tamanho, costuma ser palco frequente de in-stores, concertos gratuitos das mais variadas bandas que tocam na loja normalmente por alturas da promoção de um novo disco.
Foi o que aconteceu aos Band Of Horses, que passaram na Amoeba Hollywood em 2007, para na altura promoverem o segundo disco "Cease To Begin".

 
Band Of Horses - "No One's Gonna Love You" (Live @ Amoeba)

Os Band Of Horses estreiam-se em Portugal no próximo dia 7 de Fevereiro, na Aula Magna. O primeiro grande concerto do ano.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Wesley Sneijder FTW

Pá, ninguém deixa o Mourinho de mão estendida, qu'é isto?
Nem o suposto melhor jogador do mundo.
O melhor jogador de 2010 foi Sneijder e nem foi nomeado. A FIFA está cada vez mais encardida.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Tão grotesco que começa a ter piada

Foda-se, cortou-lhe os túbaros com um saca-rolhas? Para o livrar dos demónios?
Ahahahahah, acho que está aqui material para um bom filme de terror série B.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Cinco grandes momentos de televisão nos 10 anos da Sic Notícias

A Sic Notícias celebrou ontem 10 anos de emissões, ao longo dos quais fomos brindados com grandes momentos de TV. Fica aqui um top dos 5 mais míticos de que me lembro assim de repente:

5º lugar: Pombo arreia em jornalista

4º lugar: O último orgasmo de Saddam

3º lugar: Santana com sacrifício pessoal

2º lugar: Não sei se é possível...

1º lugar: Felácio de Freitas
 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Coelho no Poleiro

Este blogue vota Alegre, com alegria. 
Mas depois do que acabei de ver na 'Grande Entrevista' com a Judite de Sousa, o rei desta campanha presidencial é José Manuel Coelho, o madeirense tresloucado ex-comunista, anti-Jardim e deputado do PND no Parlamento da Madeira. Com uma atitude desprendida e cagando-se para as convenções e clichés destas entrevistas na TV, disse o que tinha dizer, deu água pelo buço descolorado à entrevistadora, mandou abaixo tudo e todos e foi-se embora, sempre com aquele sorriso de gozo na cara. Faz falta a esta vil política portuguesa mais gajos como este.

Bowie & Jagger: Comediantes


A canção não é má, mas o videoclip de "Dancing In The Street" (1985) é das coisas mais ridículo-hilariantes que já vi. Jagger e Bowie com muita droga naquelas cabeças, a dançar epilepticamente com indumentárias  completamente... olha, nem tenho palavras para o fato tigresa do Bowie... absurdas vá, enquanto se fazem um ao outro como se estivessem no Lux. 
Não vou dissertar muito mais sobre esta gema, deixarei que as imagens falem por si. Atenção porém, ao salto de kung fu do camaleão, logo no início.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Cinema da Ibéria

"Celda 211" e "Buried". 
O primeiro não é nada menos que um filmezão, com duas grandes interpretações de Luís Tosar e Alberto Ammann e uma história muito bem contada, adaptada de um livro que conta a história de um guarda prisional que se vê envolvido num motim na prisão onde iria começar a trabalhar e tem que fingir ser recluso para salvar o coiro. Um filme muito bem urdido, a primeira grande obra que vi neste 2011.
"Buried" é o filme com o cast mais pequeno de sempre. Aparece um só actor durante o filme, Ryan Reynolds, camionista americano a trabalhar no Iraque, que acorda enterrado vivo num caixão, depois de ter sido atacado e feito refém por rebeldes iraquianos que exigem um resgate para o libertarem. A trama anda à volta da corrida contra o tempo do protagonista, com um telemóvel  à Jack Bauer, para que alguém o vá desenterrar. É um thriller simpático, quiçá aterrador para os mais claustrofóbicos e o lucky bastard do Ryan nem vai muito mal.
O que estes filmes têm em comum é que ambos são produções espanholas, financiadas em boa parte com dinheiros públicos, e apoiados de modo a terem distribuição no circuito comercial internacional e não ficarem presos no limbo do filme de língua estrangeiro quase sempre conotado como indie ou intelectual. E a verdade é que conseguem. Mais um bom exemplo de nuestros hermanos que a indústria portuguesa teima em ignorar, gastando os trunfos todos (leia-se fundos) em chicletes como "A Bela e o Paparazzo" ou no suposto breakthrough "Contraluz" - boa fotografia, mau em tudo o resto. Nada contra os filmes que veiculam a portugalidade além-fronteiras, como "Mistérios de Lisboa" ou "Aquele Querido Mês de Agosto", mas equilibre-se isso com alguns objectos de cinema mais universais que possam ser apreciados lá fora pelo espectador comum e não apenas por meia dúzia de críticos intelectuais e programadores de festivais de cinema.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Hank Moody voltou. 
Os dois primeiros episódios da 4ª temporada de "Californication" já andam aí you know where.
Duas palavras para os resumir: Sasha Bingham.