Vi o actor Jack Coleman, o assassino e pai extremoso da lolita indestrutível Claire em "Heroes", nas últimas semanas a participar em "House" e "The Office". No primeiro, é um político que na véspera de umas eleições se vê a braços com uma crise de fígado que quase o mata, mas o House safa-o. Perde o emprego mas ganha a vida, tudo a correr bem.
No segundo, tem uma fugaz prestação num pequeno flirt com Angela na feira do feno do Dwight que vamos ver se se torna em mais um estrondoso bizarre love triangle nesta série.
Agora pensem comigo. Não teria muito mais graça se ele participasse nestas séries enquanto Noah Bennet, a sua personagem de "Heroes"?
Por exemplo, enquanto andava atrás do Sylar, ele apanhava um vírus qualquer na floresta amazónica e vinha para o Plainsboro para ser tratado pelo Dr. House, que lhe dava cabo da cabeça mas curava-o, e depois voltava à trama de "Heroes", sem que fosse feita qualquer menção a isso, porque não interessava se o Noah tinha estado doente, desde que já estivesse bom para proteger a Claire e andar atrás dos maus.
Assim como o Noah andar a comer por fora a Angela do "The Office" também não influenciava a história dos super-heróis, até porque a mulher do Noah sempre foi uma grande lerda que acreditou durante anos que o marido era um simples empregado de um armazém de papel no Texas, pelo que o mais certo era nem desconfiar que o marido lhe andava a enfeitar a testa.
E isto podia alargar-se a outras séries, criando uma espécie de rede de personagens que poderiam sair da sua série para participar ocasionalmente numa outra, nos limites do razoável. Por exemplo, a mamalhuda de "Mad Men" nunca viria dos anos 60 ao "Nip/Tuck" para mais um boob job, nem o Ben Linus do "Lost" apareceria no "Battlestar Galactica" para semear a discórdia e num episódio apenas mandar irremediavelmente abaixo a aliança entre os humanos e os aliens.
Mas por exemplo, o Dexter podia aparecer em Bon Temps ("True Blood") e limpar o sebo a um vampiro malcriado que andasse a matar pessoas e depois voltava para a Florida e ninguém se chateava.
A personagem da Teri Hatcher em "Desperate Housewives" poderia ir passar um fim-de-semana a Nova Iorque e conhecia as gajas do "Sex and the City" e passava um episódio naquelas banalidades.
Ou para os 90's, o Fox Mulder poderia ter aparecido no "Roswell" ou mesmo na "Buffy" a investigar uma merda qualquer em freelance, ou o Will Smith do "Fresh Prince of Bel-Air" a atravessar os EUA e acabar num episódio do "Seinfeld", numa qualquer situação burlesca com o Kramer.
Bem, as hipóteses são milhentas e podia estar aqui toda a noite. Mas chega de devaneios autistas, vou ver o último de "The Walking Dead", que por exemplo poderia receber o Jack Bauer do "24" que passava por Atlanta por engano e ajudava o bófia a limpar uns zombies e depois bazava.
3 comentários:
A Alison Dubois podia aparecer no Entre Vidas (ou Em contacto ou whatever) e dar um chapadão à Melinda por andar sempre ali a choramingar...
Mas neste caso até era bom que mudasse a trama de heroes a ver se aquilo melhorava consideravelmente.
Já houve acontecimentos desses. Assim de repente acho que o Kramer apareceu em Mad About Yoy.
E o Walker ranger do texas também ajudou um grupod e detectives de outra série cujo nome não me lembro.
E há os CSI's que se tocam todos (esta frase soou mal mas vou deixar na mesma).
Que imaginação! :)
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