segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Buio

Há lá coisa mais deprimente que a mudança para a hora de Inverno?
Assim de repente não me lembro.

sábado, 25 de outubro de 2008

Um

Hoje, num certo documentário, alguém discutia sobre qual seria o mais importante, se a viagem ou o destino da mesma.

Eu diria que a viagem é muito mais importante, principalmente quando não temos destino.
Que é claramente o que acontece com este blog, que hoje faz um ano, mas que continua tão desorientado como quando começou.
E como diz o poeta, "A minha vida não tem nexo, Dar-lhe um rumo é dar-lhe um fim.", pelo que não se adivinham novidades para o próximo ano. O rumo editorial manter-se-á inexistente e a parvoíce irá conservar o seu posto de soberana, também de modo a fidelizar a meia dúzia de leitores que ainda compram o jornal.

Obrigado a todos, tem sido um prazer.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Nunca digas nunca!

Até hoje, resisti em entrar no espaço comercial por baixo do matadouro do Campo Pequeno, pois estava e estou determinado em não financiar de modo algum o assassínio de animais.

Mas a verdade é que a circunstância empurrou-me para lá.
Armei-me em parvo e anui em ir comer lá qualquer coisa que valeria por almoço, se bem que às 4 da tarde.

Já estava a ser um merdas ao entrar naquele sítio, mas estava prestes a tornar-me algo superior.

Sim, porque assim de repente, não encontro melhor de definição para "grandessíssimo estúpido do carai" do que ser vegetariano e ir à Casa das Sopas, e pagar por uma sopa da pedra cheia de chouriço e toucinho e sei lá, um porco inteiro, acho eu. Eu, o parvo!

Enfim, sabia que não devia lá ter ido.

Este relato foi escrito a partir do Press Room do DocLisboa, que continua até domingo e que acho que todos deviam dar cá um pulinho. Até depois...

domingo, 19 de outubro de 2008

Tromba de água ou água na tromba?

O OndaParque reabriu ontem com novas atracções, desta vez a pensar no público que anda de carro e curte acelerar no escorrega "Mega-Splash" a caminho do trabalho, ou chapinhar o seu bolinhas na piscina dos adultos na pausa para almoço.

As festividades começaram por voltas das 14h, quando a caminho de casa, passei no cinema Londres para buscar uns bilhetes para o DocLisboa, e oiço um 'pum' no tejadilho. Penso que os pombos daquela zona andam a comer fibras a mais e estaciono.

Passados 5 minutos, estou feito parvo à porta do cinema a olhar para os milhares de calhaus de gelo que caem do céu, inundando rapidamente a estrada, tornando-a quase impossível de atravessar a pé e muito complicada para passar de carro. Tinham aberto a torneira e o OndaParque estava oficialmente instalado na capital.

Depois de uns bons 1o minutos a cair pedra, a Av. de Roma era já um espectacular escorrega que levava de enxurrada qualquer Abílio que não tivesse trambelho no travão.
Exasperado e decidido a não esperar mais, atravesso a estrada com água pelo tornozelo e entro no carro quase com barbatanas a crescerem-me nos pés.

Descalço-me e dirijo-me para o carrossel de água da Av. João XXI, determinado a não ceder à tentação de entrar na roda. Chegado ao cruzamento da Gago Coutinho com a Av. dos EUA, descubro finalmente onde tinham colocado a piscina para os adultos. Um Citroen Saxo boiava alegremente num mar de água com ondas e tudo, um BMW tentava sem sucesso escapar à maré viva e os que não estavam parados a ver os outros brincarem, fugiam dali por onde podiam.

Eu, como não sei nadar, também me pisgo dali à maior velocidade que as condições me permitem e chego a casa, depois de passar na piscina dos putos ali num túnel da Infante D. Henrique, atravesso a minha praceta de meias encharcadas e de ténis na mão, aceno ao meu barbeiro que deve ter pensado "Olha-me aquele pateta. Tenho de começar a ser mais selectivo na clientela." e entro em casa mesmo a tempo do almoço.

Entretanto já meti a bóia do patinho no carro porque nunca se sabe quando será a próxima destas...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Neil Armstrong dos subúrbios

Ontem fui à NASA.
Apanhei o comboio para Entrecampos, caminhei um bocado e cheguei lá pouco antes da hora marcada.
Por fora, confesso que está muito bem disfarçada. O mais distraído jurará a pés juntos que aquilo é uma faculdade.
De facto, nada fazia pensar que estaria prestes a embarcar numa viagem intergaláctica durante cerca de 3 horas.
Um pouco receoso do que me podia acontecer, tomei o meu lugar naquilo que parecia ser uma sala de aula.
Parecia mas não era.
O comandante da nave, habilmente mascarado de professor universitário, tinha acabado de chegar de um livro do Júlio Verne.
A restante tripulação, que se podia pensar serem meros alunos, tão heterogénea como a do Star Trek, - juro que vi por lá o Spock - esperava a descolagem do foguetão.
A vertiginosa velocidade a que tudo se processou deixou de lado qualquer tentativa de fugir. Acho que ainda houve alguém que gritou: "Deixem-me sair. Não paguei para andar neste carrocel.", mas o barulho dos propulsores era já ensurdecedor.

Saímos da atmosfera, batemos a força de atracção da Terra e seguimos rumo ao infinito.
Corremos o universo duma ponta a outra, entre referências a Copérnico, Galileu e Newton, a telescópios, Big Bangs e Big Crunches, a viagens a Paris e Praga e equações matemáticas que metiam o quadrado da elipse da distância bla-bla-bla-tiro na cabeça.
Passado 3 horas estávamos a aterrar a nave no Cabo Canaveral da Av. de Berna, onde devido à sobrecarga do sistema eléctrico das instalações, faltou a luz, pelo que a viagem terá de continuar na próxima 3ª feira.
Nada mau para uma primeira aula de mestrado.
De Astronomia? De Astrofísica?
Não, de Tradução.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Continuo sem palavras

E já ouvi dizer que sem palavras não se escrevem posts. E sem ovos não se fazem omeletes. E sem omeletes passa-se fome mas também não se tem problemas de fígado. E sem problemas de figado podemos beber mais um copinho que não faz mal. Se bebemos mais um copinho, ficamos mais contentinhos, que é o que se quer.

Assim, depois de revelar ao mundo as torturas horrendas a que submetem no seu programa a rosa delicada que é o Manuel Luís Goucha, deixo-vos desta feita com mais uma pérola aviltante desse personagem confrangedor de tão ridículo, que desta vez preferiu mascarar-se para deste modo se sentir mais livre para ser a grande flor a que já nos habituou.

Senhoras e senhores, o Zorro afinal é maricas.