O Alvim no pasquim

Fernando Alvim, o homem dos sete ofícios, radialista, apresentador, DJ, escritor, editor de uma revista, dono de um bar, blogger, etc. e mais, é um tipo que tenho em alguma consideração há já uns tempos. Primeiramente por ser um gajo a quem acho genuinamente piada mas também por ser aparentemente um tipo inteligente.

Há cerca de dois meses descobri os seus artigos no jornal gratuito Metro e actualmente faço questão que as minhas quartas-feiras comecem com a leitura da sua crónica o mais cedo possível.

Não que ele seja um visionário, um filósofo, o maior dos trendsetters ou o novo James Joyce. Mas consegue com uma abordagem leve tocar em pontos pertinentes da vida, da condição humana neste mundo cada dia mais cão, que tornam a leitura muito agradável e cativante.

Fica abaixo a crónica de hoje. Acho que dá para ler.

Para quem não puder ler o jornal, podem acompanhar e até ler crónicas passadas no site do Metro e também no blog do artista (onde se lê melhor do que aqui).

Manel no Bairro

O fascista do Fialho Gouveia Júnior (não me esqueço da entrevista ao José Mário Branco) vai receber amanhã à noite no seu programa "Bairro Alto" o Manel Cruz (Ornatos, Bandido, Pluto, Supernada).

É no canal 2 por volta das 23h40, e será uma boa oportunidade de ouvir em discurso directo um dos melhores e mais interessantes artistas portugueses dos últimos 20 anos. Esperemos que a conversa não resvale para a política, porque senão...

Bem, eu queria mesmo era chamar fascista ao apresentador pois ficou-me atravessada a forma como o sacana afrontou o mega JMB só porque este estava a defender ideias comunistas. 

O rapaz quando não fala de política até se safa bem. Mas quando vê um gajo de esquerda pela frente, começa a emanar um cheirinho a salazarista que se nota à distância.

Enfim, fica a sugestão.

Olha, eu sempre gostei muito desta dos Ornatos. 

Oub'lá isto cum atençoum, carago:

 

Ornatos Violeta - Dez Lamúrias por Gole (1995)

O punho do amor

Talvez só para aquelas relações mais abertas...

Do Engrish Funny, dos sites mais hilariantes da Internet.
Boa semana.

Fucked Up

Está confirmada a banda que irá abrir para Arcade Fire em Novembro no Pav. Atlântico.
São os Fucked Up, de Toronto, cujo último disco "The Chemistry of Common Life" alcançou o 11º lugar da minha super-influente lista que publiquei aqui com os melhores discos de 2008.

Não vai ser a típica 1ª parte para encher chouriços e vai surpreender muito boa gente.
Hardcore fodido para as massas, e vai ser "Son The Father" a abrir e não vai valer chorar!

E olha, não dá para contar, mas sei que tu sabes daquilo que sabes que eu sei...

E já chove

"Deviam ir todos para o hospital dos malucos"

Ontem no comboio, vinham duas madames sentadas a meu lado a debater afincadamente as notícias desse compêndio de antropologia social que é o Correio da Manhã, que uma delas fazia questão de ler em tom de speaker de estádio de futebol, certamente com medo que alguém não ouvisse.

Long story short, este jornal prova todos os dias que a realidade é sempre mais escabrosa e incrível que a ficção.
Senão vejamos duas notícias da edição de ontem para vermos o que se anda a fazer por este suposto país de brandos costumes mas a abarrotar de psicopatas. Quem era o argumentista que tinha cabeça para inventar histórias destas?

Morto à pancada por violar animais

e

Casal praticava sexo com os filhos e o cão





Leia-se os artigos que têm pérolas descritivas mais vividas que certas passagens de Eça de Queirós.
Não vejo qual a necessidade de continuar a ver filmes e a ler livros quando existe o Correio da Manhã. Sinceramente.

Últimos cartuchos

O último dia de Verão é o prenúncio dos dias frios e pequenos que se avizinham.

Amanhã é Outono e daqui a pouco mais de um mês muda a hora. E se há coisas que detesto na puta da vida é a mudança de hora de Inverno. É das merdas mais tristes de sempre.

E eu sem férias até Julho!, por essa altura já devo ter entrado em profunda depressão, caixa de Prozac debaixo da língua e urgências do Curry Cabral incluído.

Isto a não ser que esse sacana do Sócrates me dê ponte no 5 de Outubro. Juro que votava PS.

The Kills - "Last Days Of Magic" (2008)

Adeus, Verão. Volta rápido.

It's gonna be good, I tell you

Nadal e Federer, épicos rivais dentro dos courts mas salutares amigos fora deles, a partirem-se a rir um com o outro no making of de um anúncio a um jogo de beneficência entre ambos que terá lugar em Zurique no final do ano.
Perfeitamente hilariante. E contagiante.

Epá, a cara do Federer ao 1:16 ahahahahah!

Alarme de Bombas?

Numa cave dum edifício na Av. da República.

Bombas a explodir em Lisboa?
Só me estou a lembrar das FP25.

E agora aguentem-se com esta bomba:

Madness "Baggy Trousers"(1980)

Nada

Jorge Cruz - "Nada" (2007)

On and on around the bend

Vir para casa a conduzir já com alta soneira, com o rádio ligado na Radar depois de já ter rodado os cds todos que tinha no carro, e perto do momento de exasperação ouvir os primeiros acordes de "Around The Bend", a bela canção dos Pearl Jam que fecha o álbum "No Code" (1996), não tem preço.

É por estas e por outras que esta rádio é a única capaz de surpreender, a única que vale mesmo a pena ouvir. Por isso e por passar as grandes canções de Pearl Jam que não foram singles e que só um fã pode escolher para dar a ouvir a outros fãs.

Bridge School Benefit 2003

Foda-se e amanhã é segunda.

Pai Leonardo

O maior dos poetas que também cantam voltou.
À terceira é que parece que é de vez, e hoje será mesmo a última vez que Leonard Cohen, e a maravilhosa banda que o acompanha ao vivo, toca em Portugal.

A sua World Tour iniciou-se em Julho de 2008 no UK e conta já perto de 250 concertos. Um feito para qualquer um, mas algo impressionante para um homem de 75 anos.
Ainda irá continuar até final do ano pelos antípodas, para terminar em Dezembro em Las Vegas.

Para quem não viu, é a última hipótese de ver um dos maiores artistas da história da música e um dos maiores poetas vivos. Para quem já viu, já sabe o espectáculo que o espera.

"The Future" @ O2 Arena (London 2009)

Give me back my broken night
my mirrored room, my secret life
it's lonely here,
there's no one left to torture
Give me absolute control
over every other living soul
And lie beside me, baby,
that's an order!

Give me crack and anal sex
Take the only tree that's left
stuff it up the hole
in your culture
Give me back the Berlin wall
give me Stalin and St Paul
I've seen the future, brother:
it is murder.

Things are going to slide, slide in all directions
Won't be nothing
Nothing you can measure anymore
The blizzard, the blizzard of the world
has crossed the threshold
and it has overturned
the order of the soul
When they said REPENT REPENT
I wonder what they meant
When they said REPENT REPENT
I wonder what they meant
When they said REPENT REPENT
I wonder what they meant.

You don't know me from the wind
you never will, you never did
I was the little jew
who wrote the Bible
I've seen the nations rise and fall
I've heard their stories, heard them all
but love's the only engine of survival
Your servant here, he has been told
to say it clear, to say it cold:
It's over, it ain't going
any further
And now the wheels of heaven stop
you feel the devil's RIDING crop
Get ready for the future:
it is murder.

Things are going to slide ...

There'll be the breaking of the ancient
western code
Your private life will suddenly explode
There'll be phantoms
There'll be fires on the road
and a white man dancing
You'll see a woman
hanging upside down
her features covered by her fallen gown
and all the lousy little poets
coming round
tryin' to sound like Charlie Manson
and the white man dancin'.

Give me back the Berlin wall
Give me Stalin and St Paul
Give me Christ
or give me Hiroshima
Destroy another fetus now
We don't like children anyhow
I've seen the future, baby:
it is murder.

Things are going to slide ...

When they said REPENT REPENT ...

Entrei de gaiato num navio

Às vezes apanhamos canções na rádio que já nos tínhamos esquecido que alguma vez existiram.
Esta é uma delas:

Paralamas do Sucesso - "Melô do Marinheiro" (1986)

Clássico!

Este livro muda vidas

Foi com muita pena que cheguei ao fim deste livro. Que naco...
Não é só para quem gosta de correr nem para quem gosta de livros de antropologia ou de viagens.
É um livro para quem gosta de narrativas envolventes e personagens riquíssimas, que neste caso são pessoas reais, juntas num maravilhoso e genuíno relato de vivências, tendo como ponto de contacto e de partida uma acção simples mas perfeitamente definidora da evolução humana: correr.
É um dos melhores livros que já pude ler, pois raras são as vezes em que conseguimos ter num livro uma narrativa fluída e cativante aliada a um trabalho bem sustentado de investigação que nos oferece um mundo de informação válida sobre nós, o nosso corpo e o mundo onde vivemos.

Fica a sinopse oficial, redutora mas assertiva:

"O mais surpreendente best-seller do ano começa com uma simples pergunta: porque me dói o pé? Christopher McDougall estava de volta ao médico com mais uma lesão. É o início de uma aventura épica. A procura de respostas leva-o a investigar a história de uma tribo lendária, os Tarahumara, refugiada no mais inóspito canyon mexicano - e que ali sobrevivem, há séculos, graças à sua extraordinário capacidade de correr longas distâncias, centenas de quilómetros, sem nunca parar. Com a ajuda de um misterioso corredor, Caballo Branco, o autor descobre essa misteriosa raça de superatletas, que vivem numa sociedade onde a doença foi praticamente erradicada, e a corrida, a pé descalço, é o segredo de uma vida longa. Em ritmo trepidante, o autor alterna as suas viagens ao México com a história dos cartéis de droga que perseguem os Tarahumara, fala da ciência da corrida, dos lobbis das marcas de desporto - e de como os caríssimos ténis da Nike nos podem provocar as mais graves lesões. "

Problemas no trabalho

Ando com um problema no trabalho que me está a deixar em baixo, à beira de uma depressão.
Vejo-me vergado a um poder superior que insiste em fazer de mim um bandalho, um perfeito inútil e estou convicto que estou a ser alvo daquilo a que chamam assédio moral.

Explico.
É que por mais voltas que dê, não consigo limpar o Solitário Spider no nível mais díficil e já ando a bater-me com este colosso vai para uma semana.



Se não conseguir até sexta-feira, ligo para a CGTP.

Write About Love

A história do indie pop nunca será escrita sem dedicar algumas páginas aos Belle & Sebastian, a banda de Glasgow liderada pelo suave cantador de histórias Stuart Murdoch.
Ainda que os 2 últimos discos não tenham estado ao nível de obras-primas anteriores, a verdade é que um novo disco desta banda é ainda um acontecimento a ter em conta.

Depois de uma pausa de 4 anos, os B&S têm agendado para 11 de Outubro o lançamento do novo disco "Write About Love" na excelente label Matador Records, e gravaram um conjunto de episódios de promoção, com apresentações ao vivo de músicas novas, Q&A com fãs sobre os mais variados temas e considerações sobre o "making of" do novo álbum.
O primeiro episódio é o que segue:

Fica-se então a aguardar para um regresso a Lisboa, depois do belo concerto do Coliseu em 2006.

Ainda não

Este blogue anda pior que o costume. Mas ainda não vai acabar.
A verdade é que o tempo é escasso por aqui, mas 3ª feira finalmente consegui ir ver o "Inception", e a verdade é que não desilude. É um filme morno até ao intervalo, mas a 2ª parte é sempre em crescendo e o final é espantoso. Um grande filme, em todos os sentidos.