domingo, 28 de outubro de 2012

Tenho visto uns filmes

Ultimamente ando mais numa de séries mas dos filmes que vi recentemente, vou escrever 3 coisas sobre os seguintes, que ainda estão frescos na memória.

Ruby Sparks (2012)

Eis mais um filme que não procura fugir aos clichès das comédias românticas indie que se têm feito nos últimos anos plus um argumento que quer dar um cheirinho de Woody Allen mas que fica muito aquém. Dos realizadores de "Miss Little Sunshine" e escrito pela actriz Zoe Kazan, neta de Elia Kazan, conta a história de um escritor (Paul Dano) numa crise de inspiração e de gajas, que se apaixona por uma personagem (Zoe Kazan) que ele criou, ao ponto dela se tornar real, de carne e osso. 
A partir daí sucedem-se as situações cómicas que acabam como era de esperar numa crise na relação, mas calma, no fim tudo está bem quando acaba bem. É um filme que se vê bem, mas uma vez basta, até porque tendo em conta que os actores principais são um casal fora das telas, esperava-se uma outra genuinidade na sua relação no filme. Conta ainda com Antonio Banderas, Anette Benning e umas aparições fugazes da Maybe do grandíssimo "Arrested Development" (que dizem que vai voltar em 2013) e a vampira ruiva sexy do "True Blood", entre outros. É um 6/10.


É a melhor adaptação do aranha ao grande ecrã, o que não vale tanto como parece, porque na minha opinião nenhum dos filmes do Sam Raimi eram grande espingarda. O Peter Parker do Tobey Maguire estava mais próximo dos comics, mas esta versão moderna mais séc. XXI do Andrew Garfield funciona muito bem. Os efeitos especiais como é óbvio são a grande arma deste filme, e não desiludem, acho até que estão mesmo bons. 
Também tem outra coisa muito positiva, que é a Emma Stone, coisinha mais fofa que anda aí e ainda por cima é boa actriz, mas aqui nem o mostra, isto não são filmes para grandes papéis. Nem sequer o papel do vilão que nestas coisas costuma ser uma espécie de oásis no deserto em termos de representação, pois o Dr. Kurt Connors aka The Lizard do Rhys Ifans é uma personagem fraca, sem mitologia nem motivações suficientes que expliquem tanta má figadeira nem o chiqueiro que ele faz. Ainda assim é um 7/10 tranquilo. 


É um filme de terror que joga exactamente com os lugares comuns do género para colocar o espectador numa posição confortável, julgando que já sabe o que vai ver. Um grupo de amigos vai passar uns dias a uma casa de campo num bosque isolado e depois coisas estranhas começam a ocorrer. Este filme já foi feito mil vezes, certo? Sim, mas não. Não como este. Porque este vai muito para além do gajo com um machado ou com uma faca do mato que mata adolescentes um a um com requintes de malvadez. 
Trata-se de algo muito superior a isso, algo milenar que coloca em risco o futuro da espécie humana. É a estreia na realização de Drew Goddard, argumentista do igualmente bom "Cloverfield" e séries como "Lost", "Buffy" e "Alias", e conta com o Chris "Thor" Hemsworth. O filme está deveras bem pensado e apesar de mesmo mesmo no fim a coisa soar um pouco parva, até lá mantém um bom ritmo e consegue ser uma lufada de ar fresco num género tão difícil de se fazer algo de novo. Um 7/10 fácil.

Boa semaninha.

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