Confesso que sempre tive uma certa resistência em gostar dele.
Apesar dos trabalhos com os irmãos Coen, do "Syriana" ou do "Michael Clayton", tinha-o para mim como o típico galã, charmoso mas inconsequente como actor, uma espécie de Richard Gere mais novo, cabelos grisalhos e sorriso agradável e mais famoso pela figura do que pelos dotes na representação.
Mas com o novo "Up in the Air", de Jason Reitman (Juno), tenho de dar a mão à palmatória e premiar o trabalho do antigo matador de vampiros e ex-Batman.
Não que o seu papel seja espectacular. Se calhar, já fez melhor. Mas anão posso deixar de admirar a naturalidade e à-vontade com que Clooney encarna este personagem nada fácil de equilibrar, num filme de emoções contidas, sem nunca parecer forçado nem esforçado. Gostei muito. É de actor.
Quanto ao filme, tal como "Juno", acaba onde começa. Um deslocado da sociedade será sempre um deslocado da sociedade. Ou porque esta não se adapta a ele ou porque este não consegue adaptar-se a ela. Acho que é o que se tira dos filmes do Reitman. Uma versão adulta de "Juno", se se quiser. Não é um clássico imediato, mas é um filme muito bem escrito e merece ser visto. Mais de uma vez.
Referência também para Anna Kendrick, uma revelação, Vera Farmiga também muito bem.
2 comentários:
fiquei um bocadinho desiludida.
eu tb anão.
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