quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Os Oscares by me


Uma opinião muito a fugir sobre os Oscares de 2013, nada de coisa séria porque os Oscares são o que são. Ganha quem os bosses quiserem. Só para abrir a pestana, alguém tem dúvidas que Argo venceu para que o lobby judeu que domina todas as indústrias do entretenimento desde os anos 30 nos EUA possa dar uma chapada na cara do Ahmadinejad, que continua a ameaçar com a extinção do Estado de Israel por via da bomba nuclear? Quem manda, manda. Mas não vou contra. Foi o último filme que vi antes dos Oscares e adorei, é um belo filme e serve para compensar o facto do canastrão tornado bom realizador e argumentista Affleck nem ter sido nomeado para melhor realizador. Mas para mim o Lincoln é melhor filme. 
Já agora, o Ang Lee melhor realizador? Bitch please, com aquela direcção de fotografia até o Sá Leão fazia aquilo. Essa estatueta era para o papa Spielberg, mas não quiseram dar-lhe já o 3º. É essas merdas que a Academia tem, como quando não deram o 2º oscar seguido ao Russel Crowe. Imbecis, deram-lhe pelo papel no Gladiador que não é de Oscar, ele anda lá à pancada o filme todo e faz uns discursos motivadores porreiros mas mais nada, e depois no ano seguinte negaram-lhe a glória com um papel 50 vezes melhor no Uma Mente Brilhante, para o darem a quem? Ao Denzel no Dia de Treino, claramente um oscar de carreira, aquilo não é papel que faça sequer sombra ao do Crowe no filme do Ron Howard. Mas voltemos aos Oscares, que eles este ano não podiam fugir, tiveram mesmo de dar o 3º de melhor actor principal ao gigantesco Daniel Day-Lewis. Para mim já devia ser o 4º pelo menos. Cada vez que me lembro que o Adrien Brody n'O Pianista ganhou ao Daniel com o seu Bill the Butcher do Gangues de Nova Iorque (adoro este filme vejo-o quase todos os anos) do Scorsese até me dão picadas no túbaro. Este ano, esquece. Não havia nada que se aproximasse. Falam do Wolverine nos Miserables como o segundo melhor mas sem ter visto os Miserables, não acredito que se aproxime do Lincoln do DDL. É assombroso! Até o próprio Abraham se visse este filme dizia, mas quem mandou filmarem-me sem autorização?
No actor secundário, foi o meu momento fuck yeah da noite! Logo a abrir a noite. Pumba, saltei do sofá eufórico quando ouvi o nome de Christoph Waltz. Foi de todo inesperado, falava-se muito do TL Jones (grande) e do PS Hoffman (não vi O Mentor), mas nem por isso imerecido. É um papel absurdamente bom o que ele faz no Django. Eu temo que enquanto o Tarantino continuar a fazer personagens como o Coronel Landa e o Dr. Schultz para o Christoph ele chega lá e limpa o Oscar, é fatal como o sol amanhã.
Nas mulheres, não vi os Miserables, mas pelo trailer e bits and pieces que vi aqui e ali parece-me que o papel é propício a uma grande representação. E se os prognósticos eram quase unânimes é porque deve ter sido bem dado. E eu gosto muito da Anne, desde que ela entrava numa série no Canal 2 há uma dúzia de anos em que era uma família com três filhos, bla bla. Vi logo que a miúda ia longe. E gostei do discurso dela. Via-se que tinha sido ensaiado mil vezes frente ao espelho. 
No caso da Jennifer, coisinha mais linda que agora anda aí, acho que se aceita. Era ela ou a Jessica Chastain, que também faz um papelão no 00:30 Hora Negra. Também gostei que ela tivesse mandado um mega aos jornalistas já depois da cerimónia, you go girl. 
Nos argumentos, nada a declarar. Se bem que o Moonrise Kingdom... Bem, digamos que foi um escândalo este filme não ter recebido mais nomeações, e num dia bom até podia ser o melhor argumento original. Mas o discurso do Tarantino valeu. Long live Quentin. 
A homenagem ao 007 foi fraca, mais valia terem feito o Top 10 das Bond Girls. A recordação dos 10 anos de Chicago foi ridícula, e do Dreangirls também, really, who cares?, e já agora: já não posso com a Adele. Até na merda dos Oscares tive de levar com ela. A música do Skyfall é banal, os americanos têm de parar de se masturbar 8 vezes cada vez que a Adele abre a guela. Até parece que a Música começa e acaba com ela. Para a canção original, mais valia darem ao J. Ralph que chamou a Scarlet Johansson para o ajudar, que não é por ser a Scarlet, é que a miúda canta bem não é apenas a gaja mais gira de Hollywood. 
O apresentador foi uma trampa, não achei graça nenhuma tirando um par de sorrisos com alguma piadola pontual. Se ainda tivesse apresentado aquilo por trás de um boneco do Peter Griffin com ele a fazer a voz que tão bem faz, isso sim tinha sido brutal. Imaginem o Peter a apresentar os Oscares, melhor cerimónia de sempre, já ninguém quereria ir apresentar no ano seguinte porque ia passar vergonha, o pessoal comparava com o Peter e era embarrassing. 
Mais coisas havia para dizer mas tenho de ir dormir. Boa noite.