domingo, 31 de outubro de 2010

Scott Pilgrim

Realizado por Edgar Wright ("Shaun of the Dead" e "Hot Fuzz") e protagonizado por Michael Cera ("Juno" e "Superbad"), SCOTT PILGRIM VS. THE WORLD é mais outra bd tornada filme, que mistura acção, comédia e romance, sempre carregadinho de referências à cultura pop, principalmente do mundo dos videogames mas também da música, da bd ou da TV.
O argumento é absurdamente delicioso. Um gajo (Cera) tem de derrotar os 7 ex-namorados da miúda por quem se apaixonou (Mary Elizabeth Winstead), numa espécie de jogo de computador na vida real, em que vai eliminando cada vez com mais dificuldade cada ex que lhe aparece pela frente, em batalhas épicas ao estilo do Street Fighter ou outros jogos de luta, que culmina com o boss final, Jason Schwartzmann.
Pelo meio, Scott ainda tem de ter "paciência" para o colega de casa gay (Kieran Culkin, o irmão do outro, um dos personagens mais engraçados), o pessoal da sua banda de indie rock, a amiga-namorada chinesa de 17 anos ou a irmã cusca (Anna Kendrick).
Também tem uma banda-sonora gira, com todas as canções das bandas fictícias do filme a serem assinadas por Beck, e ainda sons de Broken Social Scene e do Sr. Frank Black.
O filme assenta nos efeitos visuais e consegue alguns bons momentos apelativos à vista, e exaltar a memória com as múltiplas referências que faz, ainda que a história seja demasiado linear para ser empolgante. 
Não deslumbra mas é uma proposta fresca de cinema de entretenimento, na senda de um "Kick Ass" ou de um "Zombieland", e a Ramona é bem gira.

sábado, 30 de outubro de 2010

Deus Existe

Sempre o admirei, mas só depois de ter vivido um tempo em Nápoles é que compreendi realmente a magnitude da lenda. Maradona não é um homem, é um verdadeiro Deus!
Deixou Napoli em 1991, mas 15 anos depois o seu fantasma estava ainda em cada esquina, em cada janela, em cada muro, em cada altar erigido em nome desse Cristo. Na boca e no peito de cada napolitano, sentia-se a aura deste astro-rei saído das barracas da Villa Fiorito em Buenos Aires e coroado rei absoluto de Nápoles e de todo o sul de Itália.
 

Maradona é mais que um jogador monstruoso, é um Che Guevara do futebol. Ele personificou o grito de revolta de toda a Itália abaixo de Roma, historicamente oprimida e explorada pelo poder industrial e fascista do norte. As vitórias do Napoli eram as vitórias do povo do sul, os mais desfavorecidos entre os italianos. Tratava-se de uma pequena vingança face às injustiças que vinham cavando um fosso social entre Norte e Sul há demasiado tempo.
A devoção que aquela cidade nutre por El Pibe é demasiada para se poder explicar. Um exemplo: em 1990, quando a Itália jogou com a Argentina em Napoli nas meias-finais do Mundial, a cidade em peso estava a torcer pelos argentinos em detrimento do seu país. Foram precisos 17 anos para a federação italiana esquecer tal afronta e a nazionale italiana voltar a jogar no San Paolo.

 
Isto tudo porque, contra as expectativas de muitos, Maradona, o maior futebolista de sempre e o símbolo máximo do Napoli e da Argentina,  completa hoje 50 anos. Parabéns, Diego. 
Se podia gostar tanto de futebol sem o Maradona? Podia, mas não era a mesma coisa. 

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ensinamentos da velha escola III



Well there's no time like the present and I'd like to hang out but who doesn't.
I've made enough mistakes for this lifetime.
Now I'm here to make amends.

Next time I'll try, for the first time in my life.
It won't pass me by. Procrastinate it can wait, I put it off. 
Let's Start Today!






Gorilla Biscuits - "Start Today" (1989)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ainda e sempre a cagar bombons. Desde 2007

Já foi na 2ª feira que este blog fez 3 anos.

Parabéns a vocês.
É que eu só venho cá porque o blogue é meu, senão 'tava-me a cagar, não metia cá os pés.
É que não vale a pena!

Mas já agora vou aos 500 posts. Tende paciência.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sinalização Temporária #6

Este belo espécime do seu género está por todo o lado, numa publicidade dirigida às mulheres mas que contém hábil mensagem subliminar no nome da marca para aumentar ainda mais, mesmo que subconscientemente, o interesse também dos homens.
Tezenis.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Um mp3 não enrola a fita

A Sony anunciou o fim da produção do mítico Walkman, lançado em 1979.
Com o desaparecimento deste avô do iPod, um "marco na carreira" de qualquer puto dos 90's, que vendeu mais de 200 milhões de unidades em todo o mundo, morre também praticamente de vez o formato moribundo da K7.
Uma pena. Pois está bem que um leitor de mp3 com 100 gramas e 500 músicas será muito melhor e mais funcional que um Walkman de meio quilo com uma cassete que com jeitinho levava umas 20 e tal músicas, mas nunca vai ter a personalidade deste último.
Podíamos ter as mesmas canções ou discos numa cassete mas estas eram sempre diferentes, fosse pela marca, pela cor, pela caixa toda nice com uma lombada colorida, fosse pela fita que tinha enrolado e naquele refrão fazia sempre beeerrroouuuuooorrrooou. Para já não falar nas mixtapes personalizadas com sons gravados da rádio, em que ficávamos lixados quando o locutor falava em cima da canção ou quando não a passavam até ao fim.
O híbrido WalkPod. Que não existe, acho que é tanga.
Nos mp3 não há nada disso, é tudo igual. Posso meter a minha vida em música com um fim do mundo de canções em 16 gigas ou raio que o parta, mas nunca será tão pessoal e única como uma cópia em cassete do Supermix8 com a fita toda enrolada e até com fita-cola. Ponto.
Eu ainda tenho o meu Walkman e umas arrobas de cassetes com pérolas cujos respectivos mp3 nunca substituirão. Pois o valor sentimental e as memórias que transportam ficam também gravados na fita. Em princípio, para sempre.
Que descansem em paz. Viva o Walkman e viva a bela da cassete.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pearl Jam * Est. 1990

PJ em 1991: Dave Abruzzese, Eddie Vedder, Jeff Ament, 
Stone Gossard, Mike McCready

Não podia deixar passar tão bela efeméride.
Foi há 20 anos, no dia 22 de Outubro de 1990, que os Pearl Jam deram o seu primeiro concerto de sempre, no já extinto Off Ramp Café em Seattle, EUA.
Para uma plateia de cento e tal pessoas e com o baterista original Dave Krusen, que gravou o álbum "Ten" para sair uns meses depois devido a problemas com o álcool, tocaram um alinhamento de 8 canções onde já se encontravam "Release", "Black" ou "Alive".
O resto é História. Tornaram-se, na minha opinião (que é um perfeito axioma), na melhor banda rock do mundo. Não a maior nem a mais famosa, a melhor.

A minha homenagem em vida a Van Damme

O Van Damme fez 50 anos no passado dia 18 mas não sem um dia antes ter um ataque cardíaco em Nova Orleães, durante as filmagens de mais uma chouriçada das dele, intitulada The Weapon. O próprio já veio para o Facebook desmenti-lo, diz que está bem e manda muito amor para todos.
Mas eu já me estou a preparar para o pior e quero fazer a minha homenagem em vida a um dos meus heróis de infância, para não acontecer o mesmo que com outros, que partiram... snif... sem saberem o que significavam para mim...

João Cláudio é como aquelas bandas que gravaram bons primeiros discos mas depois de alguma fama só fizeram merda mas mantêm a perserverança e recusam-se a sair de cena (ex: Rollling Stones, U2, Xutos, Diapasão, etc.).
Bloodsport (1988)
Os primeiros filmes de Van Damme são todos clássicos intemporais, Citizen Kanes no seu estilo, pérolas do cinema de pancadaria que nada ficam a dever aos melhores momentos de Bruce Lee ou Chuck Norris.

Quem poderá contrapor o que acabo de afirmar perante obras como:
o verídico e envolvente "Bloodsport" (com quotes tão marcantes do vilão Chung Li como 'good trick, but bricks don't hit back' ou 'you break my record, now I break you, like I break your friend',
o apocalíptico e visceral "Cyborg" (Van Damme Jesus Cristo é crucificado mas consegue fugir da cruz),
o exótico mas cruel "Kickboxer" (Tong Po, dos maiores vilões de sempre, come a amiga do JC e diz.lhe 'Mi-lee, good fuck', sendo que a tradução era 'Pus-me em cima dela' - priceless),
o terno e honesto "Lionheart" (JC quase que representa neste filme que mostra o lado humano da máquina de porrada que ele era),
o violento e futurista primeiro tomo da saga "Universal Soldier" (com grandes diálogos com Dolph Lundgren que fazia de mau, coisa digna de irmãos Coen),
o imparável "Double Impact" (dois Van Dammes num só filme, um cabeludo, outro não, ambos brutos como casas, imagine-se a dose que isto era)
ou até, puxando um tanto a corda, o jogo tornado filme "Street Fighter" (fraquito mas apela ao coração de quem meteu muitas moedas de 50 escudos na arcade do jogo)?

Penso que os factos ofuscam qualquer tentativa de negar que Van Damme foi o rei do rotativo na boca durante uma boa dúzia de anos, diria 1985-1997.

A partir daí, entrou numa espiral de problemas pessoais, divórcio, dependência de drogas e bebadeiras e merdas assim e deixou de ser o velho João que tanto admirávamos.
A década dos 00 tem sido uma travessia no deserto, à base de filmes de baixo nível que já nem saem no cinema, intercalado por um filme quase biográfico "JCVD", de um realizador belga como ele, em que Van Damme faz de um gajo na mesma situação que ele próprio, na fossa, rejeitado pela família, ignorado pelos media, ostracizado pela sociedade.

"JCVD"(2008)
Van Damme foi um grande e terá sempre o seu lugar reservado no meu Olimpo de heróis de infância. Sei que nunca voltará a ser o mesmo pelo que o melhor será recordá-lo pelo que foi nos seus tempos áureos: um grande artista, um génio entre os seus pares.
Nunca te esquecerei, grande Jean Claude!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Hemangioma Cavernoso

Deve haver pouca gente que tenha passado pelo menos um par de vezes no Rossio nos últimos 20 anos e nunca se tenha cruzado com o Sr. José Mestre, o "homem sem rosto".


Após 30 anos a viver com este tumor de mais de 5 kg, que já lhe roubara uma vista e preparava-se para lhe roubar a segunda e lhe obstruir a boca por completo, José foi operado em Chicago por uma equipa de cirurgiões plásticos, que precisaram de quatro operações para remover o maior tumor jamais retirado.
Foi preciso ser convidado em 2007 pelo Discovery Channel para um documentário sobre a sua doença para que um médico tivesse a coragem de oferecer os seus préstimos para retirar gratuitamente o tumor ao Sr. Mestre, testemunha de Jeová, que relutante acabou por aceitar.
Tarde e a más horas mas mais vale tarde que nunca, chega ao fim um triste ex-libris da baixa lisboeta e recomeça uma nova vida para alguém que não via a própria cara há décadas.
Toda a história no dn.pt.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Para o Natal #1 - LOST

Já saiu nos EUA há mais de um mês mas a Complete Seasons 1-6 Premium Box Set do LOST só está  disponível na Amazon inglesa há uma semana; e para além das 6 séries traz ainda um mundo de extras, um episode guide, um mapa da ilha em relevo, uma lanternazinha com luz negra para desvendar um segredo qualquer que está na cruz que o Jacob usava ao pescoço, uma entrada de diário do tempo da "Black Rock" e até o jogo de tabuleiro que o Jacob e o Homem de Negro jogavam na praia no episódio da 6ª série em que se explica a infância e a origem deles, tudo numa caixinha toda bonita e trabalhada.


E tudo por cerca de 130 euros, que convenhamos que é uma pechincha, se pensarmos que cada caixa com apenas uma série se vende aí nas FNAC por uns 50 paus. 
E diz que os extras em DVD estão cheios de dicas quase subliminares sobre o futuro que os produtores têm já imaginado para a história da ilha, que pelo que percebi, não terá de passar necessariamente por mais uma season

I'm so buying it! 

sábado, 16 de outubro de 2010

Anima Sana In Corpore Sano*




A Amazon também vende ténis e até rende.

Uns Asics Enduro 6 todo-o-terreno com um design simpático para este tipo de ténis:
70€ em asics.pt.
51€ já com portes na Amazon.

*ASICS. For life.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O mundo inteiro cabe em Lisboa

Se alguma coisa aprendi com as várias dezenas de documentários que vi ao longo dos últimos anos de Doclisboa é que há mais Mundo para além do que vem nos jornais e na TV, há mais História do que aquela que vem nos livros, há mais Arte e Cultura do que aquela que pertence ao cânone bafiento, e que acima de tudo há muito Cinema nesta área, bem mais do que em Hollywood, o que na verdade não diz muito, porque mais Cinema do que Hollywood há em muitos lados. Mas dizia eu, que o DocLisboa é uma excelente janela para o mundo, que merece ser aberta e contemplada em toda a sua abrangência e actualidade.

Já começou ontem, mas até dia 24 ainda vão a tempo. Este ano há muitíssimo para ver e ainda várias acções paralelas interessantes, como poderão comprovar aqui.
Bomfimdesemana.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

SNL Bumper Photos x 6

Ainda o SNL. Eis meia dúzia das famosas bumper photos, as fotos promocionais do Saturday Night Live, com alguns apresentadores e convidados musicais escolhidos aleatoriamente.Mentira.

JOHN MALKOVICH
MEGAN FOX
PEARL JAM
SCARLETT JOHANSSON
HUGH LAURIE
REGINA SPEKTOR








segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Make me dance, I want to surrender

Saiu hoje o novo disco dos Belle & Sebastian , "Write About Love" e já estou completamente viciado nesta canção.

Belle & Sebastian - "I Didn't See It Coming" (2010)

domingo, 10 de outubro de 2010

Saturday Night Live 35 - Actuações Míticas

Esta segunda-feira comemoram-se os 35 anos do primeiro Saturday Night Live (11/10/1975), programa de variedades da cadeira americana NBC que ainda dura e que se pauta por um misto de sketchs cómicos, entrevistas e actuações ao vivo, com um apresentador diferente todas as semanas.
Muitos actores como Dan Aykroyd, Bill Murray, Eddie Murphy ou Robert Downey Jr. começaram a carreira fazendo parte do cast do SNL e virtualmente todas as grandes bandas e artistas das últimas 3 décadas e meia passaram pelo palco dos estúdios do 30 Rockefeller Plaza.


Algumas das actuações são hoje perfeitamente históricas, (estas que se seguem) pela polémica que causaram, como a de Elvis Costello que em 1977 substitui os Sex Pistols à última hora no programa e desrespeita o acordado e toca a canção "Radio, Radio", cuja letra era uma crítica feroz às estações de rádio (And the radio is in the hands of such a lot of fools tryin' to anaesthetise the way that you feel...),


o sacrilégio de Sinead O'Connor em 1992, durante o qual esta rasga a foto do Papa João Paulo II no fim do seu manifesto "War" aconselhando a "fight the real enemy",


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ou a dos Rage Against The Machine, que em 1996, em protesto pela presença do bilionário e ex-candidato presidencial  republicano Steve Forbes como host do programa, colocam duas bandeiras americanas invertidas antes de "Bulls on Parade",



retiradas a tempo pelo staff da NBC mas que levaria a que os RATM fossem expulsos do programa e não voltassem para tocar a 2ª canção que estava combinada ("Bullet in the Head"). Não sem antes Tim Commerford, baixista da banda, entrar pelo camarim de Forbes e rebentar aquilo tudo, empunhando uma das bandeiras americanas em causa.

Outras performances míticas ficam para um próximo episódio.

Ah o domingo de manhã... #3

Millencolin - "Mr. Clean" (1998)

Que belo sol, hein?



sábado, 9 de outubro de 2010

Double Fantasy*



John Lennon faria hoje 70 anos.
Em Dezembro, assinalar-se-ão igualmente os 30 anos da sua morte às mãos do "fã" Mark David Chapman.

É fácil fazer as contas e reparar na ironia do destino nestas citações:

"I don't intend to be a performing flea any more. I was the dreamweaver, but although I'll be around I don't intend to be running at 20,000 miles an hour trying to prove myself. I don't want to die at 40. "

"Mahatma Gandhi and Martin Luther King are great examples of fantastic nonviolents who died violently. I can never work that out. We're pacifists, but I'm not sure what it means when you're such a pacifist that you get shot. I can never understand that."




 





*nome do último álbum de John Lennon. Durante a tarde do fatídico dia 9, tinha autografado uma cópia deste álbum ao seu assassino, que continua em prisão perpétua, após infinitas rejeições de liberdade condicional ou redução da pena.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A vida são 3 garrafas e um saco

A maioria passa pelas 3 garrafas. Os mais desafortunados chegam ao saco.
Há quem nunca passe da 2ª garrafa, mas também há os que não passando da 2ª, acabam a amargar no saco. Não é por aí.
Depois há os que passam logo da 1ª para a 3ª garrafa. Destes, uns acabam a mamar do saco, outros bebem da 3ª até aos 100. E há ainda os que depois de abusar da 3ª, voltam à 2ª garrafa, na esperança de não acabar no saco.
Casos mais raros, temos os coerentes, do eterno garoto ao bêbado nato, os que começam e terminam a vida sempre a beber da mesma garrafa, e no limite os infelizes que nascem a beber do saco e por lá ficam até finar.
Para acabar, também há os que depois de uma noite em que ingeriram demasiadas 3ª garrafas e se armaram em espertos, levaram no trombil e agora só conseguem beber da 1ª garrafa.

E a vida é isto.





É beber com moderação da 3ª que vamos todos longe. 
Porque quem pensa que se safa só a beber da 2ª, está enganado.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A tasca das tascas



"Para os mais distraídos, a Incrível Tasca Móvel foi pensada, construída e soldada na Margem Sul, pelos mentores do projecto O'queStrada, em 2005. Esta tasca-concerto a céu aberto é uma Sala d’Star para receber amores d’Strada, estimados artistas, protagonistas de um singular e ousado imaginário português. Nesta tasca incrível cruzam-se um fadista pugilista, uma acordeonista do oeste português, um contrabaixo feito de uma corda só, uma guitarra portuguesa que ri, uma cadeira bateria, uma mini filarmónica “on acid”..."


 
   
 
 
 

O conceito da "Incrível Tasca Móvel" idealizado pelos O'questrada funciona muitíssimo bem. 
Esteve este fim-de-semana em Lisboa e foi um belo espectáculo, com a praça do Rossio transformada numa enorme festa popular.
Ah, e diz que vai voltar a casa este fim-de-semana. 8 e 9 de Outubro em Almada.

sábado, 2 de outubro de 2010

Não gosto de U2

E não quero saber desses "espectáculos" em Coimbra que parece que são um milagre tipo as aparições da Fátima. 
Os U2 não são uma banda, porque as bandas fazem música e não precisam de pirotecnia e palcos cheios de paneleirices para camuflar aquilo que é uma evidência: 
os U2 não fazem uma canção de jeito desde o início dos anos 90 e apesar de continuarem  a gravar discos, andam para aí há dez anos a fazer constantes digressões em modo "greatest hits".
O que eles são é uma grande empresa, com um bom marketing por trás que tem conseguido vender (bem caro) uma banda que numa avaliação imparcial do ponto de vista da qualidade da música são perfeitamente inconsequentes desde o "Achtung Baby" (1991). 
Não que a minha avaliação seja imparcial, porque para mim os U2 valem pouco e têm feito muito para desvirtuar o espirito do rock com as suas mega-produções de estádio e o Bono o maior charlatão que anda armado em cristo pregador para ver se pinga mais algum, mas basta fazer uma pesquisa na internet para se perceber que a ideia de que os U2 são das bandas mais sobrevalorizadas de sempre está bastante enraizada e bem fundamentada.