quinta-feira, 29 de julho de 2010

Suburbanodepressivo

Sai para a semana o terceiro disco dos Arcade Fire, "The Suburbs".
Já caiu na net há uns dias e apesar de ter um pre-order na Amazon para o receber na 2ªfeira, não consegui esperar mais e já o ouvi uma dúzia de vezes.


as oito capas diferentes



Desde logo, não é o disco do ano, de todo, parecendo-me mesmo o menos bom dos três álbuns da banda.
O conceito por trás deste disco é, segundo o próprio Win Butler, crescer nos subúrbios, os ritos de passagem na adolescência e a perda da inocência.
Talvez por isso, este disco é muito mais contido e calmo do que os anteriores, abandonando em grande medida aquele tom épico que muitas canções de "Neon Bible" e principalmente "Funeral" tinham. Neste, as orquestrações são mais minimalistas, e se nalgumas canções isso fica muito bem, noutras nota-se que falta ali qualquer coisa mais.
Um disco com 16 faixas terá sempre dificuldade em ser conciso e manter o nível sempre alto, e nem mesmo esta banda é capaz disso. É um disco menos homogéneo que os outros, mas ainda assim um álbum médio de Arcade Fire é um álbum que 90 e tal por cento das bandas nunca consegue fazer. Para conferir ao vivo em Novembro, desta vez sentado.


Vídeo não-oficial para "The Suburbs", a faixa da abertura do disco

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Quebra-Bilhas das Amoreiras

Tinha lido há um par de meses uma entrevista a um dos responsáveis da produtora portuguesa de porno HotGold, que afiançava que o objectivo era colocar a produção de filmes adultos em Portugal ao mesmo nível do melhor que se faz lá fora.

Não sei se o conseguiram, mas a ideia de pegar na história dos míticos vídeos caseiros dos anos 80 do arquitecto Tomás Taveira (em que este filmava as sodomias a que se prestavam as suas alunas, que saíam do seu escritório com um andar novo mas com uma alta nota à cadeira do tio Taveira) e recriá-la com o espectacular título "Tavares, o Arquitecto Quebra-Bilhas" é um ponto de partida bastante prometedor.

o local do 'crime'

Mostra desde logo que conhecem os clássicos, o que é importante, e principalmente que encaram a coisa com sentido de humor.

Porém, uma olhadela pela capa mostra logo que o grafismo não foi alvo de grande trabalho, podendo ter sido produzida há 20 anos, para figurar na secção adulta do clube de vídeo do bairro.

Mas o Tomás merece esta homenagem.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Testemunhas

Tenho algum receio de jeovás.
Não que alguma vez me tenham feito mal, mas também acho que nunca me fizeram mal porque eu não deixei.
Ainda no outro dia fui ao Pingo Doce e na fila da caixa ao lado estava um senhor de idade, cujas rugas e cabelos brancos clamavam para que o deixássemos fazer as suas compras sossegado, a levar um massacre de um jeová. Epá, não há direito!

Sabem aqueles filmes sinistros à Stephen King em que o personagem chega a uma terriola que não vem no mapa, em que toda a gente é muito simpática e amigável a princípio, é tudo amabilidades, mas depois no fim revelam-se uns grandes cabrões que só querem lixar o herói, e no fim este só se safa porque eles têm má pontaria e correm menos que ele?
Para mim, os jeovás são iguais.


Andam sempre de fatinho, bem penteados, barba feita, inspiram confiança, parecem mesmo boas pessoas. Quem espreitar para ver quem é que lhe tocou à porta às 10h de domingo e não souber o que lá vem, abrirá na boa a porta a estes vendedores de fé.

Mas passados 5 minutos, uma conversa enrolada, uma revista na mão, e um olhar vidrado que nos pergunta se acreditamos nisto e naquilo, já estamos a querer fugir dali, mas o inimigo é forte e de discurso ininterrupto. Tentamos interrompê-los mas não deixam, querem que "compremos" o cristo deles porque é melhor que os outros.

O aparente escape fácil que seria dizer que somos ateus, que não queremos saber de deuses e religiões é uma armadilha que só leva a retórica dos bem vestidos a passar para outro nível, quiçá na esperança de iluminar uma alma que ainda não encontrou a luz. Um suplício.

Bem, resumindo, evite-se aproximar dos jeovás pois eles são impiedosos e atacam sem misericórdia.

Eu como não creio em deus algum, tenha ele barba rija, seja gordo e careca ou com 4 braços, isto não pode ser considerada intolerância religiosa, pois aqui aplica-se a velha máxima do :"I don't discriminate, I hate everyone."

Agora vou ao casino ver o Jorge Palma, que acho que não é jeová.
Quem é jeová é o Malato, que parece boa pessoa, mas é dar-lhe um cheirinho de conversa e estamos lixados.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O Alive foi isto - Dia #3

Bem, mais vale tarde que nunca, mas escrever sobre um festival passado quase duas semanas é razão que baste para rever este meu timing.

Ao terceiro e último dia de Alive 2010, as minhas atenções estavam centradas todas numa banda: Pearl Jam.

Os meus concertos deste dia começaram no palco Super Bock, com a prestação de Sean Riley & The Slowriders. Esta banda de Coimbra é simplesmente uma das melhores bandas nacionais da actualidade e ao vivo dão um grande espectáculo. Têm boas músicas e músicos e só surpreenderam que não os conhecia. Muito fixe.

O show seguinte foi já no palco principal. Os Dropkick Murphys, de Boston, deram um alto concerto com o seu punk misturado com folk irlandês, fazendo uma grande festa. Era uma banda que já conhecia há anos mas que nunca tinha visto e acabou por me surpreender. Quero ver de novo.
Festa é a palavra indicada para um concerto de Gogol Bordello. Já os tinha visto em 2008 também no Alive, mas desta vez com muito mais atenção, pois já estava bem lá na frente, salvaguardando já um bom lugar para Pearl Jam.
São a banda perfeita para ver ao vivo, pois a sua música é feita para ser vivida e curtida em união e partilha com o público. Em álbum são giros, ao vivo são bombásticos. Grandes.

(vem aí a parte sobre os PJ; epá, não consigo ser conciso)
Passavam uns 10 minutos da hora marcada quando a intro com o piano de Philip Glass começou a soar nas colunas, dando a indicação de que o concerto de Pearl Jam ia começar.
O Alive, para mim, resumia-se aquelas duas horas. A melhor banda do mundo estava ali à minha frente e sabia que bastava serem iguais a si mesmos para que fosse uma noite memorável.
E foi isso e muito mais.
As expectativas de um fã hardcore de PJ ou de outra banda qualquer, acho eu, não são as mesmo do fã médio que só conhece as mais famosas e é só nessas que realmente curte e só essas que, no fundo quer ouvir.
Para mim, os grandes momentos do show não foram "Alive", "Even Flow" ou "Black". Essas já ouvi em todos os concertos que vi de PJ antes, são grandes canções mas para mim as pérolas eram outras.
E talvez a maior de todas surgiu logo a abrir. Tinha dito a quem estava comigo que a noite estaria praticamente feita se a opener fosse a "Release" ou a "Sometimes". Quando soam os primeiros acordes da primeira, foi algo de arrepiante. Pura magia.
Das canções mais emotivas do catálogo da banda, na qual Eddie Vedder empenha-se sempre muito, pois escreveu-a após a morte do seu pai (verdadeiro). Grande momento.
A próxima surpresa chegou à 5ª canção com "In Hiding", um dos momentos mais inspirados do álbum "Yield", que não é muitas vezes tocada ao vivo. Maravilhosa interpretação.
Entretanto, EdVed foi espalhando o seu charme dirigindo-se ao público no seu português possível, deixando no ar a mensagem de que aquele seria o último show de PJ em muito tempo. Onde? Em PT? Na Europa? No mundo? É sabido que a comeback tour de Soundgarden em 2011 obrigará o baterista Matt Cameron a deixar os PJ por uns tempos, e que os Brad de Stone Gossard vão lançar um novo álbum e vão querê-lo apresentar ao vivo. Também é do conhecimento dos fãs mais atentos de que Eddie Vedder vai casar em Outubro com a sua companheira dos últimos anos, da qual já tem uma filha, e que por uns tempos também vai querer afastar-se dos palcos. Mike McCready, um perfeito deus da guitarra, também disse que a banda iria entrar em estúdio no final do ano para finalizar um EP com canções que sobraram de "Backspacer". Estou certo que a banda não voltará à Europa antes de 2012, se bem que o mais certo é só ser em 2013. É duro mas temos de ser fortes.
Voltando ao concerto, a primeira incursão no último CD foi logo com a melhor canção: "Unthought Known", uma grande canção que ficou ofuscada pela que se seguiu. "Nothingman"!! Que doce. Das melhores canções do meu álbum favorito, "Vitalogy", foi um momento de puro deleite para mim e para muitos, não todos, dos que me rodeavam. Que belo!
Depois de uma série de canções mais previsíveis, mais uma surpresa: "Glorified G". Acho que nunca tinha ouvido esta canção ao vivo e acolhi-a de braços bem abertos. Das linhas de baixo mais bacanas do Jeff Ament, esta canção fez-me vibrar a sério. O main set termina com uma grande malha do primeiro disco, "Why Go", dos sons mais poderosos ao vivo.
O encore começa com a balada "The End", seguida do momento mais especial da noite. Numa homenagem claramente sentida e não de circunstância, EdVed recuperou a improvisação que tinha feito em 96 no Dramático de Cascais, sobre os gritos da audiência de "Portugal, Portugal, Portugal". Foi muito bom ver a banda retribuir o afecto dos fãs portugueses com esta canção, se é que se lhe pode chamar isso.
O 1º encore termina com "Better Man", um dos maiores hits de sempre que foi cantado a plenos pulmões por grande parte dos 45000+, principalmente pela gentalha que conheceu PJ pela versão que o rapazola que venceu os ídolos fez desta canção, que já estavam a ver que tinham pago 50 paus para nada.
o 2º encore começou com a última bomba da noite, a sublime "Smile". Que lindo cantar esta canção ao vivo, ainda mais quando o refrão tinha ainda mais sentido depois do anúncio de EdVed, "I miss you already, I miss you always..."
Era mesmo esse o sentimento. Ainda não tinha acabado e eu já estava com saudades e jainda por cima sabia que ia ter de penar muito até voltar a receber a benção que é ter a experiência única de assistir a um show de PJ.
Para a recta final, "Once", esta canção é tão forte, e "Alive", o mega hit, que é das melhores canções que os PJ (melhor solo de sempre do Mike?) já fizeram mas perdeu toda a magia devido à sua exposição em demasia. Ainda assim é sempre um grande momento. Para a despedida, a canção que na maioria dos casos encerra um concerto de Pearl Jam, a belíssima "Yellow Ledbetter", que é a canção perfeita para admirar os dotes do guitarrista Mike McCready, que é o que eu faço durante uma boa parte dos concertos. Depois de Eddie apresentar a banda e agradecer ao público, despediu-se e saíram do palco sob uma salva de palmas interminável. Quando as luzes se acenderam, voltei à realidade, contente por ter vivido aquele momento mais uma vez. Muitos dirão que foi um concerto morno, mas eu acho que um concerto intenso não se faz só de canções mexidas. Achei um show muito emotivo, com a banda a tocar com vontade, (Mike teve momentos de pura insanidade) com grandes momentos de partilha e que nos brindou com pérolas estatisticamente pouco prováveis como "Release" ou "Nothingman".
O facto da banda ser bastante conscienciosa com a bem-estar do público (principalmente depois da tragédia de Roskilde em 2000, em que 9 fãs morreram esmagados pela multidão durante a actuação de PJ) e de saber que o recinto estava lotado, também contribuiu para uma setlist que noutro dia teria incluído "Do The Evolution" ou "Porch"(o meu outro pedido para além da "Release", que não foi atendido).
Para rematar, afirmo o óbvio: foi o melhor concerto do festival.

A seguir, para encerrar o palco principal, chegaram os LCD Soundsystem. Já tinha visto visto 2 grandes concertos da banda de James Murphy no Sudoeste e no SBSR, mas desta vez foi o que se pode chamar uma desilusão. Tocaram só uma hora e optaram por desvirtuar canções como "Tribulations" ou "Daft Punk Is Playing In My House", que soaram muito lentas e pouco entusiasmantes. O final com a grande "Yeah" deu para atenuar um pouco a má imagem, mas no fim é caso para dizer: já vos vi fazer bem melhor.

Depois, tenda secundária onde o miúdo Boyz Noise mandava o seu electro com tiques de house. Não é a minha praia mas se tivesse mais ébrio era menino para ter ficado lá até acabar. Como até estava bem sóbrio, fui para o 3º palco ver os Homens da Luta. O discurso de esquerda, mesmo que dito entre piadas, prende-me facilmente, pelo que gostei e gosto bastante destes rapazes. Têm graça e o Jel é um óptimo entertainer. Foi um concerto engraçado, que encerrou a minha participação no Alive deste ano. Para o ano há mais.

Top 3 do dia#3:

Pearl Jam
Gogol Bordello
Sean Riley & The Slowriders

+

Momento do festival: a abertura de PJ com "Release"

+

Top 10 do festival:

1 Pearl Jam
2 Deftones
3 Faith No More
4 Florence & The Machine
5 Skunk Anansie
6 Gogol Bordello
7 Devendra Banhart
8 Dropkick Murphys
9 Sean Riley & The Slowriders
10 Homens da Luta

(sinceramente, alguém leu isto tudo?)

domingo, 18 de julho de 2010

O Alive foi isto - Dia #2

No segundo dia, a entrada no recinto deu-se mais tarde. Já passavam das 19h30 quando entrei.

Não fui muito longe, esgueirando-me logo ali para o Palco Optimus Clubbing, o 3º palco do festival, onde os Macacos do Chinês terminavam a sua actuação. Não vi com atenção, pareceu-me uma coisa à putos dos Morangos, não sei pá, chinesices.

A seguir, vinha uma banda que estava com curiosidade de ver. Os Paus são a banda nova do Quim Albergaria (depois do fim dos Vicious Five) com elementos de If Lucy Fell. Foi uma apresentação simpática. É uma banda que assenta muito nos ritmos de bateria e percussão, criando uma música com muita batida, com um recurso minimal à voz. É giro.

Depois, fui até ao Palco Super Bock, onde já tocava New Young Pony Club. Vi com pouca atenção, numa altura em que a tenda ia já começando a encher. Tocam uma popzinha para dançar, com uma vocalista mexida, mas no fundo o que acaba por distingui-las de outras 50 bandas do mesmo espectro é o facto de serem todas mulheres.

A tenda estava já a abarrotar quando os Gossip subiram ao palco. Já os tinha visto um par de vezes e apesar do mérito da voz e da forma como a vocalista abana os seus 200kg de massa bruta, a verdade é que as músicas deles são fracas, o guitarrista é primário e ainda bem que começaram o show com a famosa "Standing in the Way of Control", que assim curti essa e quando começou a segunda pirei-me para abastecer de líquidos e também de pitéu, ouvindo o resto do concerto da parte de fora da tenda. Não gosto.
A próxima paragem era no palco principal, onde os Skunk Anansie se preparavam para começar. Nunca foi das minhas bandas de eleição mas estava disposto a vê-los, pois sabia da reputação da banda ao vivo. E não defraudaram. Skin é uma boa vocalista e mestre de cerimónias, têm grandes músicas rock, clássicos com mais de uma década como "Selling Jesus" ou "Brazen (Weep)" que deram para vibrar e curtir a actuação em formato "best of". São uma banda profissional e experiente que tal como os Faith No More na noite anterior souberam perfeitamente como agarrar uma multidão. Bom concerto.

Depois da banda inglesa, chegava uma das minhas bandas do coração, que me acompanham desde a adolescência e daquelas que nunca passo muito tempo sem ouvir. Os Deftones surgiram no Alive quatro anos desde a última vez no SBSR, em digressão do excelente novo álbum "Diamond Eyes" e sem o baixista fundador Chi Cheng (em coma após acidente de viação desde 2008).
Confesso que estava reticente quanto à força actual da banda e curioso em ver se o efeito em mim seria o mesmo das outras vezes.
Assim que a banda entrou em palco e mandou de rajada "Headup" e "My Own Summer (Shove It)" vi logo que aquilo ia correr bem. Daí até ao fim, foi o que se chama um concerto do c@ralho, alternando entre as canções (boas) do novo disco e os clássicos monstruosos de a carreira, como "Feiticeira" ou "Be Quiet and Drive (Far Away)". Foi um show da velha guarda, com muito poder e simpatia de Chino Moreno, que apesar de já não ter a voz de outrora, continua a berrar como poucos. O final com "Back To School (Mini Maggit)" e "7 Words" foi uma coisa sem explicação. Duas canções brutais para terminar um show que me deixou a recordar velhos tempos e com a certeza de que em 2010, os Deftones ainda são uma banda monstro!

Depois disto, a noite estava ganha, mas ainda fui ao Palco Super Bock ouvir o Steve Aoki, (só mais um dj de electro) com a esperança de apanhar o remix que o gajo faz da "New Noise" de Refused. Tive sorte, ouvi essa e mais uma meia dúzia delas e passado meia hora pus-me a andar para casa.


Top 3 do dia#2:

Deftones
Skunk Anansie
(todos os outros que vi em ex-aequo)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O Alive foi isto - Dia #1

Chega tarde e a más horas o rescaldo do festival de música com o melhor cartaz deste ano.
Vamos por partes, então.
Para mim, o primeiro dia do Optimus Alive foi mais ou menos isto:

8 Julho
Dia #1

Uns bons 45 minutos para trocar o bilhete pela pulseira.

Entro e vou direito ao Palco Super Bock onde os Local Natives, banda com certo hype na cena indie, acabavam a sua prestação. Ouvi uma canção, nem sei o que dizer.

A seguir, os The Drums apareceram com o seu rock dançável que apesar do jeito gingão do vocalista com toques de Mick Jagger, não me agradou muito, demasiado iguais a si mesmos, não me deixam saudades. Mas houve quem gostasse, pois já estão confirmados para o Lux ainda este ano.

A seguir, uma bela surpresa. Um dos expoentes da cena alt folk e já com várias visitas a Portugal, Devendra Banhart surgiu com um visual muito mais clean e menos freak, muito descontraído mas com uma actuação de encher o olho. Nunca o tinha visto e gostei muito. A banda dele é boa e as músicas também. Fiquei fã e quero voltar a ver.
Depois, o primeiro grande momento da noite. Sempre no Palco Super Bock, um furacão chamado Florence & The Machine. Um verdadeiro espectáculo. "Lungs" já era um dos meus álbuns favoritos dos últimos tempos mas ao vivo é uma coisa espantosa. Florence esteve imparável em palco, sempre em grande sintonia com o público, deu um grandíssimo concerto, um verdadeiro monstro de palco. Tem uma voz portentosa que sofreu um pouco com a agitação da performance mas no fim a sensação é só uma: a de termos acabado de ver um concerto maravilhoso.

Após esta dose, era tempo de retemperar energias para o resto da noite. Com isto, o concerto dos XX foi visto fora da tenda, que estava a abarrotar. Entre conversas e copos, pouco vi do concerto mas acho que o som deles só teve a perder com a falta de acústica de uma pequena tenda ao ar livre. Ainda assim, o público estava ao rubro.
A seguir, optei por me abeirar do palco principal para conseguir uma boa posição para o concerto dos cabeças de cartaz deste primeiro dia, os Faith No More.
Ouvi o final do concerto dos Kasabian com uma canção do primeiro álbum, o único que conheço, que ainda deu para cantarolar.
Para terminar a noite, os Faith No More não perdoaram e fizeram o que lhes competia enquanto headliners. Um concerto de encher o olho. A banda é fortíssima e a voz do Mike Patton é um verdadeiro instrumento, um dos melhores vocalistas que já vi. Um espanto. Ainda dedicou "Caralho Voador" ao Cristiano Ronaldo sénior e falou sempre em português com sotaque do Brasil, o que facilitou a comunicação com o público. Resumindo, foi um concerto irrepreensível de uma grande banda em palco.

Top 3 do dia#1:

Faith No More
Florence & The Machine
Devendra Banhart

Fotos do musica.iol.pt.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sobra-me tempo para cantar laralalalaralala



Entretanto, o novo disco " Há festa na moradia" está disponível para download legal no site da editora Mbari, aqui.
Agora vou só ouvir esta mais 8 vezes antes do xixicama.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Talvez a melhor mensagem subliminar de sempre

Axl Rose é um anagrama de 'Oral Sex'.
Genius stuff, ahah!

Mesmo com esta pinta de chulo...
... a mensagem continua a passar, à grande.


Guns N' Roses - Civil War


domingo, 11 de julho de 2010

Ganhámos o Mundial

O mundial das bancadas. Já o mundial no relvado foi para os cabrões dos espanhóis, essa escória.

O adepto português de pseudónimo DinoSupremo, foi o vencedor do prémio da FIFA "Fan of the Tournament". Olhem para este Supertuga.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Cristo mata Playboy


E com esta capa de Julho, feita à revelia da casa-mãe da Playboy Entertainment, chega ao fim a edição portuguesa da mais famosa das revistas masculinas.


A ideia de homenagear Saramago por via do romance "O Evangelho segundo Jesus Cristo" acabou por ir longe de mais, uma vez que colocaram o puro do Jesus no meio de uns nacos descascados, algumas fotos até insinuando que o Cristo vai às meninas e que papa colegiais. É indecente e herético para quem o achar. Eu até acho graça, não vejo o cristo e a sua imagem como algo intocável, mas compreendo o porquê de tanta celeuma, neste país de brandos costumes hipócritas.


Depois das mamas tortas da Ana Malhoa, do Ricardo Araújo Pereira na capa ou do verdadeiro monstro que é a Sandra B que até vestida faz doer a vista, esta foi a gota da água para os donos da revista.
Confesso que nunca li (vi só algumas fotos na net), não faço ideia dos conteúdos da revista, mas parece-me que esta edição portuguesa terá sido das mais fracas que já houve, pelo menos a avaliar pela qualidade da fotografia e o grafismo, e também estou capaz de jurar que não deviam oferecer grandes pedaços de jornalismo nem sequer escorreitas tiradas de prosa em bom português. Já nem vou falar na escolha das ""modelos"" (duplas aspas é pouco em vários casos).


Não deixará saudades, apenas curiosidade em saber quantas mais ainda aceitariam despir-se por 800 euros.

Não sei se haverá mais, mas as fotos da sessão com o cristo que encontrei são estas.


Now, off to Optimus Alive.

O Optimus Alive - Pearl Jam e o resto

Contra as expectativas, consegui um passe de 3 dias para o Alive! 10, pelo que devo agradecer a um par de amigos que não serão esquecidos quando for à barraca da Super Bock buscar uns refrescos.

Pearl Jam @ Hyde Park, London - 25-06-2010


A perspectiva de não ver os Pearl Jam - de longe a minha banda favorita - fez-me passar ali uns tempos duros, desde o dia em que os bilhetes foram dados como esgotados ao dia em que tive o passe na mão.
Mas para além dos PJ, o meu plano para este festival passa por ver mais umas coisas, dentro das leis da física que dizem que um corpo não pode estar em dois sítios ao mesmo tempo.
Portanto, vamos por partes.

I - Tenho de ver: PEARL JAM*

II - Quero muito ver: Deftones*, Dropkick Murphys, Faith No More, Florence & The Machine, Skunk Anansie

III - Gostava de ver: Devendra Banhart, Gogol Bordello*, Homens da Luta, LCD Soundsystem*, Legendary Tiger Man*, Mão Morta*, XX

IV - Se der para ver, vejo: Alice in Chains*, Biffy Cliro*, Girls, Gossip*, Holy Ghost!, Hurts, Manic Street Preachers, Paus, Sean Riley & The Slowriders*, Steve Aoki, The Drums

V - Curtia ver mas estarei a ver outra coisa: Boys Noize, Calvin Harris, Kasabian*, Big Pink, Crookers, Peaches*, Simian Mobile Disco

Vamos a isto.

*cromos repetidos que já vi.

domingo, 4 de julho de 2010

Papá Ronaldo

Que bomba!
Vem aí o CR9 Júnior!


O Ronaldo foi pai de um puto!
Olha aqui o comunicado no caralivro.

Por isso é que o cabrão não jogou um cacete no Mundial. Andava com a mona toda lixada com isto. Teve azar, furou a camisa e agora, como dizia o king Taveira, "tem de ter paciência." Enfia-se em tanto buraco que em algum se havia de lixar. Mas claro, viva o papá Ronaldo e o seu pequeno, que já deve ter um pré-acordo com o Real Madrid.

sábado, 3 de julho de 2010

A nova 'mão de deus'

O final do jogo entre Gana e Uruguai neste Mundial de 2010 é daqueles momentos que faz do futebol o maior espectáculo do mundo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010