terça-feira, 26 de maio de 2009

Dia dos vizinhos - O prédio em auto-gestão e as moedas de 20 paus

Não sei se é só em Portugal ou se é a nível internacional, mas hoje celebra-se a vizinhança.

Ora eu que moro no mesmo prédio desde sempre, posso avançar que cá nunca houve nada dessas confianças. Não vou a casa de vizinho nenhum, nenhum vem a minha casa. Nas escadas, é tudo corrido a 'boa tarde' e nalgum caso pontual um 'olá, vizinha'. Mas nada mais.

É que parece existir uma tensa animosidade entre vizinhos. Não sei quando terá começado. Neste sacana deste prédio ninguém se entende. De tal modo que nem existe administração nem mulher para lavar as escadas. Cada um lava a sua porta e a entrada tem de esperar que alguém se canse do aspecto latrinoso daquilo e lhe dê uma esfregadela. Até agora só a minha mãe, a minha vizinha boa do lado e um senhora do 2º andar tiveram a vergonha de chegar-se à frente.

Diz a minha mãe que no início não era assim. Havia uma certa camaradagem entre alguns vizinhos, na altura tudo casais recém-casados com bebés ou em vias de ter.

Não me lembro nada disso.
Lembro-me sim da velhota simpática do 2ºfrente, que ficou viúva e sem filhos que olhassem por ela. De vez em quando, a minha mãe obrigava-me a ir lá acima fazer companhia à senhora. Ela fazia-me o lanche, eu via os desenhos animados, no fim dava-lhe um beijinho e ela dava-me 100 paus. Acho que era basicamente isto. E não era mau negócio, na altura 100 paus dava para umas quantas carteirinhas de cromos.
Com o tempo a senhora começou a ver cada vez menos, e para minha desgraça as notas de 100 tinham dado lugar às moedas e os dedos cheios de artrite da senhora já não distinguiam uma moeda de 20 paus de uma de 200, pelo que comecei a sair de lá com 2o escudinhos no bolso, que com a inflação já não dava para nada.
Foi o começo do fim de uma bela relação simbiótica.

E para rematar sobre o espírito de vizinhança deste prédio, vou citar um ex-vizinho que fugiu para os Olivais, e que certa vez disse ao meu pai o seguinte:

"Morar aqui não me diz nada. Este prédio é só merda!"

terça-feira, 19 de maio de 2009

Momentos de puro medo na TV portuguesa

- Episódio I: A peruca de José Wallenstein

Não compreendo como ninguém fala neste assunto.
É só gripe dos porcos para aqui, eleições europeias para ali, novos pernas de pau para o benfica para acolá.
E ninguém faz menção a isto.

sábado, 16 de maio de 2009

Penso que... é óbvio que...

Olá.
Longe de mim querer importunar-vos.
Era só para deixar um conselho para irem ao S. Luiz ver este rapazola.
Eu fui ontem e tenho a dizer que foi um espectáculo.
Foi rir até doer os masseteres.
Ainda mais, a 5 eurinhos é um doce.
Fica aqui o chamado lamirézito.
Goodbye, Maria Ivone.

domingo, 10 de maio de 2009

O José Cid ainda joga no Totobola

1 - Devia sentir-me um pobre diabo porque decidi ficar em casa num sábado à noite, quando lá fora há todo um mundo, ainda que pautado a chuva e trovoada, à espera de ser vivido?

x - Ou devia sentir-me um desgraçado porque fiquei em casa num sábado à noite a ver um concerto no canal um do José Cid em Elvas?

2 - Ou será que devia sentir-me um infeliz por ter ficado em casa num sábado à noite a ver um concerto no canal um do José Cid em Elvas e ter curtido bué mesmo?

Olha, não sei.
Sei que se o pai Cid fosse inglês ou americano era um monstro sagrado da música e hoje todos cantarolavam

'make me fava beans with chorizo
my favorith dish
when I arrive to dine
I almost don't believe it'

como se fosse um qualquer som manhoso dos U2.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Não há falta. Mourinho joga apenas na bola.

Deixemo-nos de merdas.
O Mourinho é mesmo o maior do mundo e este vídeo é a prova disso!
É por isto que o futebol é o desporto-rei!
Poesia em movimento, meus amigos, poesia!



O Mourinho é do caralho. Que rei!

domingo, 3 de maio de 2009

Introdução ao Estudo do Filme Favorito ou mais um post que não interessa ao menino jasus

Dentro dos nossos filmes favoritos existem duas categorias.

1.Aqueles que vemos uma vez, gostamos bastante e por uma razão ou outra não voltamos a ver.
Alguns acabamos por esquecer, outros há que perduram na memória.
2.Aqueles que vemos uma e duas, três, quatro, dezassete vezes e que nunca fartam.
Os mais marcantes, sem dúvida, alguns de qualidade duvidosa, é um facto.

Dentro desta última categoria, existem ainda duas outras sub-categorias.

1. Aqueles que por mais que os vejamos, não retiramos nada para além daquilo que foi absorvido aquando da primeira, segunda vez. É bom, mas é aquilo. Não é mais.

2. Os outros, que sempre que os voltamos a ver, encontramos algo de novo, uma nova interpretação, um pormenor, uma referência, algo que sempre esteve à nossa frente mas até agora nos escapava, algo que mantém o filme vivo, renovado e sempre interessante.

(continua)